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Você está em:   IGF Modelos de documentos Petição Civil e processo civil Contestação de ação de indenização de taxista assaltado

Petição - Civil e processo civil - Contestação de ação de indenização de taxista assaltado


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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - TAXISTA ASSALTADO - DANO MORAL - MANIFESTAÇÃO - CONTESTAÇÃO

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL

COMARCA DE _________ - UF

____________, já devidamente qualificado nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS que move contra ____________, processo nº _________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua manifestação sobre a contestação de fls. 38/62, fazendo nos seguintes termos:

I - DA DENUNCIAÇÃO À LIDE

1. Indubitavelmente a questão dos autos envolve a responsabilidade do demandado pela aquisição, instalação e manutenção da cabine de segurança junto ao veículo em que se deu o sinistro, e se agiu ou não com culpa, seja qual for o grau, em razão de ter o referido artefato se mostrado falível, inócuo e frágil, diante de um disparo de arma de fogo.

2. Daí se depreende que a discussão entre o demandado e a referida empresa restringe-se a eventual culpa na escolha sobre uma ou outra empresa, ou pela ausência de manutenção do referido equipamento pelo demandado, sendo fato certo unicamente que o autor foi vítima da falha do referido sistema de segurança, repita-se, ou por ausência de manutenção, ou por equívoco na escolha do fornecedor.

3. Daí se conclui, neste particular, pela possibilidade de denunciação à lide da empresa fornecedora da referida cabine, que certamente poderá esclarecer da necessidade ou não de manutenção do referido equipamento, o período de durabilidade, o motivo da falha, que poderão ou não isentar a sua responsabilidade.

Face ao exposto, requer-se o deferimento da denunciação à lide da empresa fornecedora da cabine, no endereço mencionado na contestação.

4. Relativamente ao Estado ____________, temos por inviável a sua participação no processo, em razão de que a questão debatida está bem delimitada e refere-se especificamente à responsabilidade do demandado pela colocação e manutenção de cabine de segurança que mostrou-se absolutamente imprestável.

5. Ademais, com a admissão do Estado no processo estar-se-ia, sem sombra de dúvidas, desviando a discussão principal para a questão da segurança pública, que nada tem a ver com as responsabilidades próprias do réu, já delimitadas.

Face ao exposto, requer-se o indeferimento da denunciação do Estado do Rio Grande do Sul.

6. Em caso de procedência da demanda, aparentemente, já que não foram trazidas as condições gerais do contrato de seguro, deverá responder a seguradora pelos danos causados ao autor em razão do sinistro noticiado nos autos, razão pela qual a sua participação é de ser possibilitada.

Face ao exposto, requer-se o deferimento da denunciação à lide da _________ S/A, no endereço mencionado na contestação.

II - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA

7. A legitimidade do demandado para responder a presente ação é patente, inegável, clara, cristalina, e tudo o mais que se aproxime da certeza.

8. Alega o demandado em sua peça que "o autor não possuía vínculo empregatício", e que por isso não estaria legitimado passivamente a responder a presente demanda, o que não encontra amparo na decisão abaixo transcrita, constante do processo apenso e cuja sentença de improcedência transitou em julgado, a saber:

"A pretensão indenizatória do autor calca-se no direito comum, questão que independe da existência ou não de vínculo laboral entre os litigantes, matéria esta sim que deverá, se for o caso, ser objeto de discussão no juízo especializado."

9. Nessa linha, possível dizer, mais do que em qualquer outro tópico a ser debatido nos autos, que se tem certeza da legitimidade do demandado para responder a presente ação, o que aliás se depreende, com clareza solar, da documentação juntada pelo próprio réu (Lei 3.561/90) à fls. 59/60, onde constam entre os seus deveres o seguinte:

"f) equipar seu veículo, sempre que houver motorista auxiliar, com cabine de segurança;"

10. Como se vê, era obrigação do demandado a instalação de cabine de segurança, no que se presume que para ser assim considerada, deva ser efetivamente segura, que proteja, que abrigue, que defenda, do contrário, não poderia ter tal denominação agindo com culpa grave, repita-se, por ter escolhido mal, ou por não ter efetuado a manutenção do referido equipamento, como indicado pelo fabricante.

11. Ademais, o espírito que moveu o legislador (em 1990), e isso se pode conferir da leitura dos anais do Legislativo Municipal, além de ser fato notório, foi exatamente a onda de assaltos que se intensificou sobre os taxistas de ____________, no período noturno, horário em que a maioria dos taxistas (para não dizer todos) são os chamados auxiliares.

12. Se poderia acrescentar ainda o fato de que por mais que a lei não trate o auxiliar como empregado, a verdade é que quem determina os vencimentos é o proprietário do veículo, é ele quem informa os horários, e é ele quem recebe os frutos do trabalho noturno do autor e de outras dezenas de motoristas que sacrificam as noites, a companhia dos filhos, e a sua própria segurança em prol de um trabalho digno, capaz de proporcionar aos "proprietários-cessionários" maiores lucros no final do mês, razão pela qual devem responder pelos danos advindos da sua atividade, que poderia resumir-se ao dia, sem a necessidade de cabine.

Face ao exposto, requer-se a Vossa Excelência o indeferimento da preliminar de ilegitimidade de parte, em razão de que o demandado está plenamente capacitado a ocupar o pólo passivo da presente demanda.

III - NO MÉRITO

13. No mérito, de se dizer que em nenhum momento o demandado assume a sua responsabilidade, ignorando completamente a legislação que ele própria junta e que o coloca como responsável direito pela segurança do autor, eis que legalmente obrigado a instalar e manter em condições de segurança a tal cabine noticiada diversas vezes nos autos.

14. Resta evidente que não tendo adotado as providências cabíveis no tocante a manutenção da referida cabine e/ou escolhendo mal o referido equipamento, agiu com culpa o demandado, eis que evidente no caso em tela a sua responsabilidade por tais tarefas, até porque proprietário do referido veículo, dono de concessão do Município de ____________ para a exploração do serviço, auferiu lucros com a contratação do motorista auxiliar e principalmente, assumiu os riscos da atividade lucrativa que criou.

15. Destarte, para não se tornar repetitivo, reitera-se aqui toda a matéria trazida com a inicial, notadamente em razão de que a discussão já está posta nos autos e o fato marcante, que foi a perfuração da cabine, restou incontroverso, atraindo o demandado o ônus da prova quanto a ausência de sua culpa, seja na escolha do equipamento, seja na ausência de manutenção.

16. Tocante especificamente aos danos de dizer que foram suportados integralmente pelo autor, visto ter sido abandonado pelo demandado, sem qualquer assistência, moral ou material, bem pelo contrário, dias após já contratou novo motorista em substituição ao autor.

17. Resumidamente, alega o demandado que os danos deveriam ser cobrados do criminoso, aquele que praticou a conduta danosa contra o autor, discordando-se deste entendimento em razão de que os danos somente se perfectibilizaram pela culpa grave do réu, que não obedeceu as determinações da lei especial que rege a matéria, e é a sua culpa que se está analisando, por procedimento exclusivamente seu, não o de terceiros sequer identificados, respondendo, se o demandado achar melhor, apenas pela sua parcela de culpa.

18. Assim, no tocante aos prejuízos, a impugnação específica do demandado deve ser repelida, em razão das seguintes constatações:

- as despesas hospitalares estão provadas e devem ser indenizadas pelo culpado (o demandado), podendo ele cobrar o seguro ____________, descontando do total das despesas, que certamente excederão aquele limite, e que aliás poderão ser cobertos pelo seguro particular;

- a pensão mensal é devida porquanto evidente a perda da capacidade laborativa e o agir culposo do réu, devendo basear-se no salário informado na inicial, e que será comprovado na instrução, cumprindo dizer que trabalhava no período noturno e recebia muito menos do que o réu, que laborava durante o dia;

- o dano estético foi refutado com repetição de argumentos, não se questionando a sua autonomia em relação ao dano moral, razão pela qual deve ser pago autonomamente;

- o dano moral é presumido e decorre da culpa do demandado, mais precisamente pela escolha equivocada do equipamento e/ou pela omissão na sua manutenção, aplicando-se ao caso o art. 159 do CC;

19. Com efeito, em que pese a tentativa do demandado de desviar-se da responsabilidade pelo fato narrado na inicial, certo é que a mesma resulta de lei específica, bem como no Código Civil Brasileiro, razão pela qual imperativo é o decreto de procedência.

FACE AO EXPOSTO, requer-se a Vossa Excelência o que segue:

1. O deferimento da denunciação à lide da empresa fornecedora da cabine, no endereço mencionado na contestação;

2. O indeferimento da denunciação do Estado ____________;

3. O deferimento da denunciação à lide da ____________ S/A, no endereço mencionado na contestação;

4. O indeferimento da preliminar de ilegitimidade de parte, em razão de que o demandado está plenamente capacitado a ocupar o pólo passivo da presente demanda;

5. No mérito, reitera-se as alegações constantes da inicial, agora acrescidas desta manifestação a ser juntada aos autos, pugnando-se, ao final, pela procedência do pedido, com a condenação do demandado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;

N. Termos

P. Deferimento

____________, ___ de __________ de 20__.

____________
OAB/


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