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Ações / Bolsa de Valores - Mercado: Como as ações reagem 

Data: 30/05/2007

 
 

Quem quer investir em ações não pode esquecer que o mercado é um espelho que reflete as condições das empresas. Companhias que estão crescendo, gerando lucros e pagando bons dividendos tendem a ter preços atraentes para seus papéis.
O desafio para o investidor é conseguir comprar essas ações antes que elas atinjam o chamado preço-alvo, que no jargão do mercado significa o preço-limite de um papel, já embutida a valorização tecnicamente esperada.

O mercado de ações sempre vai reagir aos indicadores macroeconômicos, mas isso não significa que o comportamento da Bolsa é ditado por esses indicadores. Muitas vezes, um evento em determinado setor ou empresa pode refletir no comportamento de uma ação em particular.
Se esta ação tiver um peso relevante no Ibovespa, por exemplo, esse evento específico pode causar um impacto no índice. Dessa forma, o comportamento do índice é fortemente influenciado por uma particularidade do setor ou da empresa. Veja o exemplo da Telebrás em 1996. Naquele ano, o PIB brasileiro registrou uma queda, mas ainda assim o Ibovespa teve alta (veja no gráfico I).

Ibovespa X PIB - 1996

 Fontes: Bovespa e Ministério do Desenvolvimento


Isso ocorreu porque o índice foi influenciado pelo comportamento das ações da extinta Telebrás (a holding estatal de telefonia). O lucro da Telebrás naquele ano saltou de US$ 400 milhões para US$ 3 bilhões, devido ao reajuste das tarifas telefônicas. A alta do lucro fez o preço das ações da Telebrás dar um enorme salto e como o papel representava mais de 50% do índice, o Ibovespa também registrou alta, mesmo com o PIB em queda.

O mesmo movimento aparentemente contraditório acontece em 2000 (ver Gráfico II). Neste período, o PIB brasileiro estava em alta. Isto é, a economia em crescimento, as empresas investindo, mas ainda assim o Ibovespa está em queda.

Em 1999, a Bolsa subiu 150%, sendo que 70% nos últimos três meses do ano. O mercado enxergava positivamente a desvalorização do real e a inflação não teve súbito crescimento. O ótimo comportamento de 1999 refletiu em uma desaceleração em 2000. Especialistas citam que este caso é o chamado "dois em um". Um ano cresce tanto que no seguinte há um ajuste nos preços.

Ibovespa X PIB - 2000

Fontes: Bovespa e Ministério do Desenvolvimento


Em 2002 (ver gráfico III), O PIB estava em alta como reflexo do bom andamento da economia no último ano, enquanto o Ibovespa está em baixa pela crise eleitoral. Já em 2003, o apresentava queda, pela desaceleração que a crise da eleição e o primeiro ano de governo Lula provocaram. Neste mesmo período a bolsa seguia em alta pelo bom comportamento do preço das commodities,  gerando bons resultados em empresas como do setor siderúrgico e de papel e celulose.

Ibovespa X PIB - 2002

Fontes: Bovespa e Ministério do Desenvolvimento

Alta dos juros

A Bolsa tende a reagir com queda à alta de juros. Isso ocorre porque a alta da taxa de juro pode provocar uma retração no consumo que, por sua vez, vai provocar uma queda no lucro das empresas.

O preço de uma ação reflete a expectativa de lucro da empresa, assim, neste cenário, os investidores tendem a vender seus papéis, fazendo com que o preço da ação caia.

IBOVESPA X JUROS

Fontes: Bovespa e Bacen

Crescimento da economia

O mercado de ações, em geral, reage com alta ao crescimento da economia. Sempre que há uma alta do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país e um dos principais indicadores da atividade econômica, o preço das ações tende a reagir com alta.

Isso ocorre porque, ao contrário do efeito das altas da taxa de juros, o crescimento econômico tende a provocar um aumento na receita e nos lucros por ações dessas empresas, o que provoca uma alta no preço dos papéis.

IBOVESPA X PIB

Fontes: Bovespa e Ministério do Desenvolvimento

Alta do dólar

Não há uma correlação determinada entre a alta do dólar e o Ibovespa. A reação do mercado a alta da moeda americana pode variar muito ao longo do tempo.

O que ocorre é um impacto significativo em alguns grupos de ações. As ações de empresas das exportadoras, por exemplo, reagem com alta, pois essas empresas têm uma receita em dólar e são favorecidas com uma valorização da moeda americana.

Já as empresas que têm dívida em dólar sofrem o efeito contrário. Como suas obrigações são em dólar, os lucros dessas empresas é pressionado para baixo por conta do aumento dos seus gatos com o pagamento de dívida.

IBOVESPA X US$

Fontes: IPEA Data e Bovespa

Alta da inflação

O mercado de ações pode apresentar dois movimentos distintos como reflexos à alta gradual da inflação.

Se a economia começar a apresentar altas gradativas das taxas de inflação, a tendência é de que o mercado apresente uma queda. Isso ocorre porque os investidores vão esperar que o governo responda a alta gradual da inflação promovendo uma alta nas taxas de juro.

No entanto, se a economia passar por uma onda explosiva de inflação, com os índices totalmente fora de controle, a tendência é de que o preço das ações tenha uma alta. Isso porque a ação representa uma fração de uma empresa, ou seja, um ativo real, e assim tende a ser uma boa proteção contra a inflação.
 

IBOVESPA X IGPM

Fontes: IPEA Data e Bovespa

Crises internacionais

O mercado de ações tende a reagir com uma forte queda às crises internacionais. Isso ocorre porque o Brasil ainda é muito dependente do capital estrangeiro para financiar seus investimentos.

Como o Brasil é um país emergente, com as crises externas, o investidor internacional tende a se retrair e procurar alternativas mais seguras, como as aplicações em títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados os mais seguros do mundo.

Crises brasileiras

As crises brasileiras do passado recente mostram que algumas oportunidades se potencializam em momentos de maior nervosismo do mercado. Veja, por exemplo, o que aconteceu com quem se atreveu a comprar ações num dos períodos mais críticos, em janeiro de 1999, quando o governo foi obrigado a pôr fim à âncora cambial com que segurava a inflação.

Um ano depois da crise, o ganho acumulado pelas ações que compõem o índice da Bolsa de São Paulo, o Ibovespa, foi de 100,6%. Muito mais do que rendeu no mesmo período o CDI (a taxa de juro interbancária), 24,2%, e também mais do que o próprio dólar americano, -9,1%.

Tome um outro momento de crise, setembro de 1998, quando a Rússia ficou inadimplente e também derrubou o preço das ações. Quem entrou na bolsa de valores naquele período obteve um ganho generoso um ano depois. O Ibovespa acumulou uma valorização de 68,5% nesse período, enquanto o dólar teve um ganho de 62,1% e o CDI, de 29,6%.



 
Referência: Como Investir
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