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Investimentos / Fundos - Gestão: Gestão própria ganha adeptos 

Data: 30/05/2007

 
 

- Cresce o número de investidores que negociam ativos pela Internet, sem ajuda profissional

O investidor brasileiro tem procurado novas formas de aumentar seu capital e cada vez mais se arrisca na gestão dos próprios recursos. A compra de ações pela Internet, via home broker, tem crescido significativamente a cada ano, assim como a criação de clubes de investimentos. Os títulos públicos estão disponíveis ao investidor pessoa física via Tesouro Direto. A procura tem sido tanta, que o Tesouro não pretende lançar novos papéis em 2006, mas espera maior procura pelos títulos atrelados à inflação. O principal motivo desta evolução no processo de investimentos no Brasil é o acesso à informação. Mas analistas alertam para o aumento do risco embutido na gestão própria da carteira. A falta de tempo para acompanhar o mercado, aliada à falta de conhecimento, podem levar a uma rentabilidade menor do que a esperada ou até mesmo à redução do capital investido. Investidores que acreditam estar capacitados, como a aposentada Jurema Lucia do Carmo, optam pelo home broker como forma de acompanhar o caminho do próprio capital, muitas vezes dificultado pela gestão de terceiros.

O home broker permite que o investidor envie, automaticamente, pela Internet, ordens de compra e de venda de ações. Facilita o acesso de cada vez mais pessoas ao mercado acionário e, ao mesmo tempo, torna mais ágil a negociação com ações. O programa de popularização da Bovespa incentiva a entrada no mercado acionário, com a movimentação pela Internet.

De acordo com o superintendente de Operações da Bovespa, Ricardo Pinto Nogueira, o passo inicial para quem vai entrar no mercado acionário deve ser um clube de investimentos ou um fundo. "Mas, quando o aplicador tiver oportunidade, disponibilidade de tempo e de dinheiro suficientes, e quiser tomar as próprias decisões, o home broker é uma ótima opção", diz.

O superintendente da Bovespa informou que, em 2005, houve um crescimento de 50% em relação ao fechamento de 2004, em números de investidores. Em dezembro passado, havia cerca de 45 mil investidores pessoa física comprando e vendendo ações pela Internet, ante 30 mil, no ano anterior. A expectativa é de que este número cresça em mais 20 mil até o final deste ano.

A média de cada negócio realizado pelo home broker é de R$ 7 mil. Cada investidor opera, em média, R$ 95 mil por mês, entre operações de compra e de venda, com cerca de 14 negócios por pessoa. Cerca de 10% das operações de home broker são no mercado de opções, e os 90% restantes, acontecem no mercado à vista. De acordo com Nogueira, investidores pessoa física procuram diversificar as aplicações, o que aumenta a receptividade a empresas que estréiem na Bolsa. Em 2004, sete novas empresas ingressaram no mercado acionário. No ano passado, foram oito. A perspectiva para este ano é de que cerca de 20 empresas comecem a negociar ações no mercado à vista da Bolsa.

Paralelamente ao forte aumento do número de investidores que optam por gerir, sozinhos, a carteira de ações, cresce também a quantidade de informações disponíveis na rede eletrônica sobre o mercado de Bolsa. É preciso, portanto, tempo disponível e dedicação para tentar reduzir ao máximo os riscos de um investimento em ações, sem o auxílio de um profissional, de um especialista na área.

A história da aposentada Jurema Lucia do Carmo é um grande exemplo da importância de se acompanhar o mercado de perto. Ela entrou no mercado acionário em 1990, com o auxílio de um assessor de investimentos. Mas, diante da dificuldade de acompanhar a gestão de seus recursos, preferiu sair do mercado.

- Só voltei a aplicar depois que me aposentei. Passei a ter tempo para acompanhar de perto a gestão de minha carteira e saber exatamente o que era feito com meu dinheiro. Fui aprendendo, aos poucos, o que era importante. Freqüentei cursos e assisti a diversas palestras. Com a grande quantidade de informações disponíveis na Internet, percebi que o acompanhamento de um gestor era dispensável, um gasto desnecessário. A compra pela Internet é mais ágil. Faço o que desejo no momento certo, e recebo, na hora, a resposta da concretização ou não do negócio - diz Jurema Lucia, que aplica pelo home broker há cerca de um ano, e afirma que não pretende parar.

É importante ressaltar que, apesar de a aposentada procurar informações por conta própria, a corretora de que é cliente fornece análises de papéis, dá assistência técnica por chats e fóruns de discussões na Internet. Para investir em ações, diretamente de casa, é preciso estar cadastrado em uma corretora de valores ou em um banco, que sejam agente de custódia, isto é, que tenham a permissão da Bovespa para cadastrar investidores para negociação de papéis pela Internet.

O caso da aposentada, apesar de ser o mais indicado, não é o mais comum. É preciso que o investidor tenha consciência das ações de compra e de venda. O mercado financeiro, apesar de cada vez mais acessível, ainda não é de fácil conhecimento. O cuidado é essencial para que a economia em taxas de administração não saia mais cara, com as possíveis perdas com a desvalorização dos papéis escolhidos.

O diretor da Corretora Finabank, Wagner Borges, explica que os diferentes agentes de custódia têm maneiras distintas de oferecer o home broker. "As taxas de custódia cobradas são diferenciadas. Há corretoras que cobram um preço único por ordem de compra ou de venda. Neste caso, não há acompanhamento da aplicação do cliente, não há assessoria permanente. O investidor decide, sozinho, o que fazer, sem ajuda de um profissional. Mas há corretoras aconselham o que é melhor, fornecem análises gráficas e fundamentalistas, acompanham o desempenho das empresas e comportamento dos mercados nacional e internacional. Neste caso, há um preço para isso, e as taxas cobradas costumam ser maiores", diz Borges.

O diretor da Finanbank alerta que, dependendo do cliente, o home broker pode ser uma opção válida, principalmente para aqueles que acompanham o mercado e têm segurança para aplicarem sozinhos. "Mas o para um aplicador que seja principiante ou que não tenha tempo de acompanhar cada tendência do mercado, o home broker pode ser uma armadilha. É preciso definir o perfil do investidor antes de optar por uma ou outra modalidade de investimento", diz.

Um avanço importante do home broker, com o imediatismo de operações, é permitir o acesso ao mercado acionário de pessoas que não conseguiriam ir a uma corretora ou a um banco. "Moradores do interior, de cidades que não têm corretoras especializadas, podem aplicar na Bolsa, pela Internet, com o recebimento de informações por email ou nos sites. É o início de oportunidade de quem antes não tinha acesso poder aplicar em ações", diz o superintendente de operações da Bovespa, Ricardo Pinto Nogueira.



 
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