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Carreira / Emprego - Criatividade nas empresas – verdade ou ilusão? 

Data: 15/12/2008

 
 

Um dos assuntos mais falados nas empresas, hoje, vem a ser a necessidade de funcionários criativos. Na teoria esse assunto é maravilhoso, mas na prática não é bem isso o que presenciamos.

Vejo treinamentos e palestras sobre o assunto diariamente e, quando estou dentro das empresas, o que observo quase sempre são efeitos negativos no dia seguinte a esses treinamentos ''mágicos'', principalmente os de auto-ajuda.

''Criatividade'' não é o caminho milagroso que conduz ao crescimento empresarial como tantos ''gurus'' afirmam hoje em dia. O que a experiência e as evidências vêm nos mostrando nos depoimentos e comentários que colhemos com gerentes e pessoas que trabalham na linha de frente das empresas, é uma grande necessidade de treinamentos mais racionais, para que se tenham ferramentas para uso imediato e que envolvam não só fatores emocionais, mas também fatores como cultura geral, habilidades de comunicação e treinamento intenso nas áreas de atuação.

A síndrome do excesso de informação é hoje um dos maiores dilemas dos profissionais. Priorizá-las e filtrá-las é um imenso desafio. E guardar tudo na memória é ainda mais complicado. Veja no exemplo abaixo quanta informação o seu cérebro consegue reter, e por que a Andragogia é o melhor método de aprendizado do adulto.

Palestras: absorção de 5% de aprendizado conceitual, isso levando em conta que o instrutor é um excelente orador e fornece material de apoio;

Leitura: a leitura traz uma absorção média de 10% do conteúdo conceitual e, neste caso, devemos considerar que a pessoa está lendo o que gosta, e não o que é obrigada a ler. Por isso, a disciplina será citada durante todo este artigo, porque às vezes devemos fazer o que é necessário para crescermos, e não apenas o que nos convém;

Audiovisual: absorção de 20% devido ao uso de imagens ligadas aos conceitos; esta combinação muitas vezes é o que diferencia uma equipe de outra, pois já dizia o provérbio: ''Uma imagem vale mais que mil palavras'';

Demonstrações: a demonstração de como se faz traz a absorção de 30% pelo exemplo e, neste particular, deveremos deixar o funcionário fazer o que viu para que torne o seu aprendizado mais eficaz;

Grupos de discussão: absorção de 50% devido à riqueza de detalhes e possibilidade de troca imediata de conceitos e casos de sucesso compartilhados;

Praticar fazendo: a absorção e o aprendizado chegam a 75%;

Ensinar os outros em treinamento vivencial e praticar o que se aprendeu de imediato com ferramentas e trabalho diário: a absorção chega a 95%, porque estamos levando em conta que sempre teremos coisas novas para aprender.

Algumas verdades

A grande questão em relação a treinamentos que evidenciam apenas a auto-ajuda focada no trabalho emocional traz sérias seqüelas num curto prazo de tempo, com conseqüências como:

  • Após passar a euforia das risadas, o funcionário cai na real e a sua auto-estima fica abalada, e seu comportamento fica pior do que era;
     
  • Os funcionários confundem ter idéias e flexibilidade de trabalho com falta de hierarquia e excesso de libertinagem;
     
  • Acreditam que a criatividade abstrata resolve tudo, não enxergando que a inovação depende de ações práticas, com persistência, disciplina e melhorias contínuas nas suas atitudes e hábitos diários;
     
  • São passados conceitos ''milagrosos'' em palestras de auto-ajuda e criatividade, em que a maioria dos funcionários não compreendem os problemas do dia-a-dia dos executivos operacionais e, ao ver essas palestras, passam a criticá-los mais, dificultando ainda mais o crescimento da empresa.

O grande problema do excesso de ''criatividade'' pregado é o ato de subestimar a grande complexibilidade das organizações empresariais e sua prática com o ''abismo'', onde a maioria dos ''gurus'' nunca estiveram - na frente de batalha -, principalmente nas áreas que envolvem os departamentos operacionais e de vendas, que ao meu ver são as que mais sofrem com esse tipo de conceito errado.

A necessidade da disciplina e trabalho de educação continuada

O fato de uma pessoa consistentemente ser muito criativa quase sempre retrata uma pessoa irresponsável em termos hierárquicos. Esses criativos diários raramente representam cargos executivos, em que raramente lideram pessoas. A questão é transformar grupos em equipes, fazendo assim que o trabalho diário se torne mais prazeroso, gerando menos estresse e mais resultados positivos para todos.

A necessidade da disciplina se faz necessário como fator de decisão em que toda organização pode adotar ações como:

  • Fazer da comunicação a principal aliada da empresa, evitando que a ''rádio-peão'' seja mais eficaz que os outros veículos de comunicação internos e externos e que os clientes fiquem sabendo de fatores que só interessam à própria empresa;
     
  • Fazer pequenos melhoramentos no trabalho do dia-a-dia dos funcionários, seja na indústria ou nas empresas prestadoras de serviços;
     
  • Aumentar gradativamente a cultura geral da empresa, tanto nos fatores acadêmicos, no currículo social e de atitudes; adotando assim treinamentos contínuos, em que o funcionário fique com a auto-estima mais elevada, sim, mas que eleve também sua educação, cortesia, melhoria das relações humanas, organização, disciplina e, principalmente, sua capacitação profissional.

Assim sendo, tenho plena certeza de que a sua ''sorte'' aumentará, lembrando que a Sorte acontece quando a Preparação se encontra com a Oportunidade.



 
Referência: curriculum.com.br
Autor: Paulo Silveira
Aprenda mais !!!
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