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Ações / Bolsa de Valores - POP (Proteção do Investimento com Participação). Sem medo de investir. 

Data: 30/05/2007

 
 

Bolsa de valores e investimentos seguros até hoje nunca foram compatíveis. A partir de 2 de fevereiro, o investidor que sempre adiou investir em ações, por medo de perder seu patrimônio, tem uma nova alternativa: o POP. A Proteção do Investimento com Participação, chamado de POP, em outras palavras, é o investimento na bolsa de valores que proporciona proteção contra eventuais perdas. A iniciativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) visa atingir investidores que têm aversão ao risco.

Na prática, o POP funciona da seguinte forma: em períodos de queda, o investidor acumularia prejuízo se comprasse uma ação no mercado à vista, quando compra o POP ele tem seu capital protegido, mas em períodos de alta, ele não recebe integralmente todo rendimento, ele abre mão de parte do ganho em troca
dessa proteção.

O diretor de Controle da CBLC, Francisco Carlos Gomes explica detalhadamente como vai funcionar esta nova opção de investimento:

Win - O que é POP?
FG - POP significa Proteção do Investimento com Participação. É um novo instrumento para investir na Bolsa de Valores de São Paulo que protege seus recursos em períodos de queda da Bolsa em troca de um percentual sobre os eventuais ganhos.

Win - Por que vocês formataram esse produto?
FG - Na nossa observação cotidiana e nas pesquisas de marketing, os indivíduos não participavam mais intensamente do mercado pela aversão ao risco e por achar que o mercado é complicado. Então surgiu a idéia de se tentar criar algo que circunscrevesse o risco da operação e que fosse simples tanto para atrair novos investidores para o mercado como atender melhor os investidores que já estão no mercado.

Win - O POP é uma boa alternativa para quem nunca investiu em ações?
FG - Sem dúvida. Hoje há duas barreiras para o pequeno investidor ingressar no mercado. A primeira: ele acha que o mercado de capitais é algo para especialistas, que é necessário um conhecimento profundo e detalhado do mercado e a segunda barreira é a aversão ao risco. Ao criar essa estrutura, empacotá-la estamos dizendo: “não se preocupe em gerenciar o risco da operação porque criei um produto que já faz isso”. Funciona como um test drive para o investidor que quer ingressar o mercado. Ele vai aprender a operar no mercado sem correr grandes riscos.

Win - A quem se destina esse tipo de investimento?
FG - O POP atende uma ampla gama de investidores. Além do investidor que nunca investiu em ações, também desperta interesse de quem está no mercado acionário, mas não aumenta suas aplicações por medo de perder uma parcela significativa dessas aplicações. Também atrai clientes private, pertencentes à categoria alta renda que investem alto volume de recursos, porém têm aversão elevada ao risco. Atualmente, esses investidores têm sido atendidos pelos fundos de capital protegido. Também temos grandes investidores de atacado que não podem, por alguma razão, assumir posição de risco. Como o produto é modular, ele serve tanto ao pequeno investidor quanto ao grande, sendo uma forma barata de proteger o investimento porque você não está pagando por essa proteção nenhum preço adicional expressivo.

Win - Quais seriam as desvantagens?
FG - Não é exatamente uma desvantagem, é como fazer seguro. O investidor está abrindo mão de parte do ganho para ter essa proteção. Se ele conhecesse o mercado, tivesse expertise de gerenciamento de risco ele poderia se apropriar desse ganho integral.

Win - Você poderia detalhar o POP?
FG - É uma combinação de três instrumentos do mercado de renda variável: uma ação no mercado à vista, uma opção de compra (Call) e uma opção de venda (Put).

Win - Quais são as empresas que vão participar do POP?
FG - As dez ações mais negociadas na Bovespa. Vamos lançar POP Petrobras, POP Companhia Vale do Rio Doce, POP CSN etc.

Win - Como será a dinâmica dos POPs?
FG - O POP é um produto para ser negociado na bolsa, portanto precisa ter liquidez e necessita de uma padronização. Todo mês, vamos autorizar para os 10 papéis mais negociados na Bovespa o lançamento de dois POPs para vencimento de seis meses e dois POPs para vencimento de 12 meses. Esses POPs terão dois níveis de capital protegido. O primeiro nível vai ser na data de abertura da série. Se Petrobras estiver a R$ 50 vou ter um POP com R$ 50 de capital protegido que é 100% do valor da ação no momento e outro POP com R$ 45 de capital protegido que é 90% do valor da ação no momento. O POP de R$ 50,00 vai ter um percentual de participação nos ganhos de 70% e o POP de R$ 45 terá participação de 80% dos retornos. Pelos nossos cálculos, dada a volatilidade presente no mercado brasileiro, esses POPs teriam
um preço aproximadamente igual ou inferior ao preço do mercado à vista. É um exemplo claro da troca da participação pela proteção do capital, então seriam quatro POPs para cada papel. Dois POPs de seis meses, dois POPs de 12 meses para os dez mais negociados. No total serão 40 POPs. Quando chegar no mês seguinte repetiremos esse processo. Abriremos POPs de seis meses e POPs de 12 meses e assim sucessivamente.

Win - Como vai ser formado o preço do POP?
FG - O livre jogo da oferta e demanda. Para avaliar o preço de um POP, basta avaliar o preço das partes constituintes que são: preço do papel à vista, mais o preço da opção de venda, menos 20% do preço da opção de compra. Essas opções dependem do preço de exercício que é o tamanho do capital protegido, do prazo, da volatilidade do papel e da taxa de juros. Então, os agentes de mercado vão formar o preço do POP, de acordo com as expectativas que eles têm acerca desses parâmetros.

Win - Você pode dar um exemplo para perda e outro para ganho?
FG - Suponha que a ação da Petrobras nesse instante custe R$ 50 e que exista um POP de Petrobras com R$ 45 de capital protegido, com prazo de um ano e participação nos lucros de 80%. Vamos supor que esse POP de Petrobras custe aproximadamente R$ 48. Se Petrobras cair para R$ 20, você pagou R$ 48, mas tem capital protegido de R$ 45. Essa é a vantagem do POP, ele dá proteção para as baixas. Se houver uma crise no mercado você tem uma proteção e perdeu R$ 3. Se houver alta, suponha que Petrobras vá para R$ 100 se você tivesse investido diretamente em ações da Petrobras, você comprou por R$ 50 e ela vai para R$ 100, você ganhou R$ 50. Com o POP de Petrobras, se for para R$ 100, você vai ganhar R$ 45 + 80% do preço de Petrobras (R$ 100 – R$ 45 = R$ 55), então o cálculo é: R$ 45 + 80% de R$ 55 que é R$ 44. Ou seja, o resultado será R$ 45 + R$ 44, você vai ganhar R$ 89. Como você pagou R$ 48, você fica com um saldo de R$ 41. Esses R$ 9 de diferença no ganho serviram para pagar a proteção.

Win - Existe alguma semelhança entre o POP e o PIBB?
FG - Sim e não. O PIBB era uma carteira de ações, um fundo fechado onde você negociava as cotas desse fundo. O POP não. O POP é referenciado a ação individual, muito embora você possa montar uma carteira de POPs. O ponto comum é que o PIBB dava uma proteção e o POP também. A diferença entre ambos é que quando você subscrevia o PIBB para ter a proteção, você abria mão da liquidez intermediária. Ou seja, quem vendesse o PIBB perdia a proteção e quem comprasse no mercado secundário não adquiria essa proteção. Já o POP não. Você negocia o pacote todo no mercado secundário e quem compra continua protegido. Você não perde a proteção, pelo contrário a gente estima e gostaria de ver bastante negociação no mercado secundário do POP.

Win - Qual é a diferença entre o POP e um fundo de capital protegido?
FG - Os fundos de capital protegido são estruturas que têm certa inflexibilidade. Você tem um período de distribuição das cotas do fundo e só pode comprar nesse período. O POP, você pode comprar e vender a qualquer instante desde que se haja mercado para a venda. Usualmente, no fundo de capital protegido você só pode resgatar as cotas no final do prazo ou em datas específicas de tempo determinadas. O POP pode ser comprado a qualquer instante e pode ser resgatado a qualquer momento. Ele também é mais barato. Um fundo tem que ter auditoria, contabilidade, registro na CVM, tudo isso custa dinheiro. O POP não. Outra diferença do POP em relação aos produtos de capital protegido, por serem estruturas complexas, o valor mínimo de investimento é muito elevado, aproximadamente R$ 100 mil, R$ 200 mil. O POP foi construído para atender também ao pequeno investidor, então o lote mínimo de negociação do POP é exatamente igual ao lote mínimo negociado no mercado à vista. Ex.: Petrobras, o lote mínimo de negociação são 100 ações, o que daria um aporte de aproximadamente R$ 5 mil reais.

Win - O investidor precisa esperar o prazo de vencimento para vender o POP?
FG - Uma coisa é você investir no POP e carregá-lo até o seu vencimento; outra coisa, depois de um ou dois meses, você vendê-lo no mercado. Você pode vender a qualquer instante.

Win - Haverá garantia de liquidez na venda?
FG - Estamos conversando com algumas instituições do mercado. Temos de olhar o produto dos dois lados. A quem interessa servir o mercado? O POP como tem uma diferença de percepção de risco e de expertise em gerenciar risco. O investidor que é avesso ao risco é o investidor que não sabe gerenciá-lo. Há entidades e instituições no mercado que são especializadas no gerenciamento de risco. Essas instituições são tesourarias de banco e de corretoras, fundos de investimentos especialmente hedge funds etc. Também temos investidores estrangeiros que podem obter ganho em servir o mercado porque vendem essa proteção por um preço maior do que ela vale para eles. Ao mesmo tempo, que seja inferior ao que ela vale para o investidor do POP.

Win - Você poderia dar um exemplo?
FG - A proteção do capital para o investidor pode custar R$ 3,00 para quem sabe administrar o risco pode valer R$ 1,00. Se ele estiver vendendo por R$ 2,50, o investidor ganhará R$ 0,50. Na outra ponta, ele está ganhando R$ 1,50 porque ele está vendendo por R$ 2,50 e para ele, o risco vale R$ 1,00. É baseado na
simetria e na expertise em gerenciar risco que se fundamenta o produto. Todos vão ganhar, tanto quem vende como quem compra.

Win - Quais são os custos para o investidor?
FG - Simplificamos e padronizamos os custos. Se você fosse hoje ao mercado e comprasse o papel à vista, depois comprasse a Put e vendesse o Call, você pagaria emolumentos de bolsa e CBLC sobre a operação à vista + Put + Call. Estamos cobrando a mesma taxa do mercado à vista sobre o valor do POP, mas há um desconto implícito do valor do Call. Você paga incidência de custos sobre o mercado à vista + Put – Call. Fizemos isso para baratear o custo para o investidor. Em relação ao imposto de renda, aplicam-se as mesmas normas relativas às operações de ações e opções, onde é tributado somente o ganho líquido.

Win - Quando chegar o vencimento ele precisa mandar uma ordem para a corretora?
FG - Sim. Ele tem que manter uma relação com a corretora e a corretora precisa administrar a posição dele. Se o papel está abaixo do capital protegido, ele tem que tomar uma decisão e dizer para a corretora “exerça a opção de venda”. Por outro lado, se o papel que estiver acima, será a contraparte dele que vai exercê-lo. Neste caso, no vencimento ele vai ficar com um pedaço em dinheiro correspondente a participação da contraparte dele ao preço de exercício. Se ele deu 20% da posição para o vendedor, o vendedor vai receber isso em dinheiro e ele vai ficar com 80% do saldo em ações. Nesse instante, ele terá uma parte em dinheiro e outra em ações. Se ele quiser continuar com a proteção do POP, ele precisa vender a parcela em ações ou ter um novo POP. Caso contrário, ele vai continuar a investir em Petrobras
sem proteção. Ele só vai exercer quando o papel cai, quando o papel sobe, ele vai ser exercido. Mas aí vai ter que tomar uma decisão entre três alternativas: se vai investir em Petrobras com risco, se vende as ações e fica com o dinheiro ou se vende as ações para comprar um novo POP.



 
Referência: -
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