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Ações / Bolsa de Valores - Como comprar e vender ações no mercado de balcão 

Data: 07/07/2010

 
 
No Brasil, há mais de 70 empresas que têm capital aberto, mas suas ações não são negociadas diretamente na bolsa

No balcão existem ofertas de papéis de empresas de menor porte

Quando uma empresa decide abrir o capital e ofertar ações ao mercado, deve, em primeiro lugar, registrar-se na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e definir qual será a categoria de negociação de seus papéis. Como abrir o capital inclui despesas maiores e exigência de maior transparência na divulgação de informações ao mercado, a maioria opta por ter ações negociadas em bolsa de valores. Entretanto, outra forma de permitir que investidores comprem e vendam papéis de forma simples é por meio do chamado mercado de balcão.

De caráter mais informal que a bolsa de valores, as negociações no âmbito do balcão são intermediadas por entidades como bancos de investimento ou corretoras autorizadas a operar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).  Há quase 40 instituições financeiras aptas a operar nesse mercado, que negociam papéis de 76 empresas. No balcão, negociam-se ações de empresas de pequeno porte e, portanto, baixa liquidez.

O mercado de balcão organizado pode ser considerado um primeiro passo para que uma companhia tenha ações em bolsa ,pois a regulamentação dos negócios ainda é um pouco mais flexível. "A bolsa inclui uma regulamentação mais pesada da CVM", diz Waldir de Jesus Nobre, superintendente da órgão regulador do mercado de capitais.

A regulamentação mais flexível do mercado de balcão organizado também pode ser considerada uma das desvantagens das negociações nesse ambiente. Na bolsa de valores, por exemplo, existe um mecanismo de ressarcimento de prejuízo que, de certa maneira, protege o pequeno investidor de possíveis equívocos na hora da compra ou da venda do papel.  "Quando o investidor passa a ordem de compra ou de venda e a corretora, por algum motivo, demora a enviá-la ao mercado, podem existir prejuízos na ocasião de uma oscilação nos preços entre o momento em que se envia a ordem e o momento no qual ela é executada�, explica Nobre, da CVM.

Ou seja, no caso de uma "execução infiel de ordem" na bolsa, o investidor tem o direito de reclamar e requerer a devolução da diferença de preço. A BM&FBovespa analisa o pedido e emite um parecer. No caso do mercado de balcão, eventuais problemas entre as partes envolvidas na negociação não são intermediados pela bolsa. Os mecanismos legais convencionais são as únicas maneiras de resolver algum conflito que possa vir a existir.

Contudo, por demandar uma maior transparência e dar mais segurança aos investidores, o registro para operação na bolsa de valores é mais custoso para a empresa. Se quiser abrir o capital e não ter de arcar com todos os custos exigidos para transações em bolsa, operar apenas no balcão organizado pode ser uma boa opção, segundo Nobre.

Como investir no balcão

Assim como na bolsa de valores convencional, para que se tenha acesso aos valores mobiliários negociados no balcão, o investidor deve procurar uma corretora de sua confiança e que opere neste mercado. "O que atrai investidores ao balcão é que as empresas estão em busca de investimentos. Quando elas crescerem e passarem a negociar papéis na bolsa de valores diretamente, são boas as possibilidades de darem um bom retorno aos investidores", explica Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros.

Um dos problemas de negociar no balcão organizado é a falta de liquidez das empresas, normalmente de menor porte.  Segundo Vieira, é possível que o investidor queira vender uma ação adquirida no balcão e não haja compradores naquele dia.

Portanto, nada melhor que uma boa estratégia para proteger seus investimentos. Como qualquer operação na bolsa de valores, investir por meio do mercado de balcão também requer paciência e pensamento a longo prazo. O melhor caminho é diversificar, ou seja, mesclar os investimentos entre empresas que operam no balcão e as que negociam na bolsa de valores. Quanto mais diversificada for a carteira de ações, maiores as chances de não ter prejuízos se precisar de liquidez.

Com relação aos custos de se operar no balcão ou na bolsa de valores, hoje em dia não há diferença. O investidor pode, inclusive, operar no balcão organizado via home broker. Só é importante lembrar que uma empresa, ao se cadastrar e abrir seu capital, escolhe em qual mercado quer ofertar seus papéis. Portanto, uma empresa que se registra no balcão negocia ações apenas nessa modalidade.

Divisão

As operações podem ser feitas em balcão organizado ou não-organizado. As negociações no balcão organizado contam com  a presença de uma entidade autorreguladora, a Cetip. Trata-se de uma sociedade independente responsável por administrar e liquidar as operações financeiras desse mercado. É a Cetip que assegura que as negociações estarão de acordo com a legislação.

Já a negociação em balcão não-organizado é totalmente informal. "O investidor procura o potencial vendedor, através de uma corretora, que negocia diretamente com ele. Mas ele não tem como saber o volume das negociações dos valores mobiliários nem se os preços das transações esta de acordo com o mercado", diz Keyler Carvalho da Rocha, professor de Finanças da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA-USP).

Nesse caso, as operações não acontecem em um ambiente específico e não há nenhum tipo de entidade regulamentadora. Ou seja, os contratos são feitos diretamente entre as partes envolvidas. "Não há disclosure dos negócios e quem compra fica a mercê do preço que lhe for oferecido na hora da venda, sem saber se é justo ou não pois não há transparência", explica Nobre.

Além de correr o risco de pagar um preço irreal no papel, o investidor, ao optar por vender as ações, terá de procurar uma corretora, que pode oferecer o preço que achar mais pertinente. Caso a corretora saiba qual a demanda por esses papéis, pode oferecer ao vendedor um preço acima ou abaixo do preço real e ganhar com o spread da transação, que é a diferença entre o preço de compra e o de venda do papel.



 
Referência: Portal Exame
Autor: Gabriela Ruic
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