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Carreira / Emprego - Na qx3 há total descontração no convívio entre as Gerações X e Y  

Data: 02/08/2010

 
 

Um dos assuntos que sempre chama a atenção no campo corporativo é a Geração Y - profissionais que nasceram no início dos anos 80, do século 20. E quando se fala sobre esses talentos, surgem dúvidas em como atender suas expectativas, uma vez que possuem características expressivas como, por exemplo: considerar o trabalho como desafio e uma oportunidade de diversão; valorização de um ambiente informal com transparência e liberdade para troca de ideias. Além disso, são propensos ao trabalho em equipe e desejam ascensão na carreira "sem demora".

Outro fato que chama a atenção é que muitos dos profissionais da Geração Y já conquistaram seu espaço e hoje exercem cargos estratégicos. Mas, na prática, como será que eles assumem o papel de líderes? Existem formas singulares que os diferenciam de gestores que pertencem à Geração X?

Um caso que pode responder a essa pergunta está no dia a dia da qx3 - empresa fundada por três profissionais híbridos da Geração Y e que começaram a ter contato com a internet quando estavam saindo da adolescência. Apenas para se ter uma ideia da rotina desta organização, os líderes são vistos sob o prisma de confiança e nunca de hierarquia. A qx3 é uma empresa que atua no segmento da tecnologia, com foco no desenvolvimento web e especializada no Mercado Financeiro. Fundada há oito anos, conta atualmente com 45 colaboradores.

Segundo Fabio Carneiro, diretor geral da qx3, o relacionamento com os funcionários ocorre na base da conversa. "Prezamos um entendimento em comum acordo, fazendo-os participar das decisões e abraçarem a resolução dos problemas da empresa. O importante é fazer o colaborador entender que ele é parte das decisões da instituição", comenta, ao enfatizar que vê de forma positiva a empresa ter base no hibridismo dos seus fundadores, pois eles possuem uma visão dos dois mundos, o pré e o pós Geração Y.

Filosofia da empresa - Na filosofia da qx3, tudo o que ocorre no dia a dia é um aprendizado, principalmente para os líderes. Ele conta que ao fundar a empresa com seus dois colegas de faculdade - Rodrigo Teixeira e Sergio Postarek - sempre tivemos em mente a ideia de criar uma organização estruturada nos valores da liberdade, pró-atividade e comprometimento. Mas, reconhece que isso era muito mais fácil de falar do que tornar realidade. Foi, então, que os sócios tiveram que aprender se colocarem no lugar dos colaboradores e compreendê-los como pessoas e não apenas funcionários.

"Este processo não ocorreu do dia pra noite. Fomos aprendendo com nossos erros e acertos ao longo do tempo. E hoje apesar de não sermos perfeitos, criamos um ambiente bem próximo dos nossos sonhos, em que nossos funcionários são comprometidos, pró-ativos e gozam de uma liberdade que não existe na maioria das empresas do mercado. Os resultados que temos atingido com esse modelo de gestão falam por si", afirma com orgulho e alegria visível no olhar.

Vale salientar que para os dirigentes da qx3, uma equipe respeita muito mais um líder do que um superior hierárquico, e que a liderança tem que ser conquistada e nunca imposta. Na rotina da empresa, é visível a preocupação de dar espaço para que surjam lideranças naturalmente sem necessidade de impor um chefe às pessoas. Isso faz com que os funcionários trabalhem motivados e se sintam participativos do processo decisório da empresa. As conseqüências, por sua vez, são claras: mais criatividade em um ambiente feliz, com alto comprometimento da equipe e baixíssima rotatividade de funcionários.

Prefiro meu apelido - Uma curiosidade na qx3 surge logo quando alguém é contratado. Isso porque o profissional recebe um Manual de Ambientação que, literalmente, é a cara da empresa. Logo na primeira página a história da qx3 é apresentada de forma descontraída. "Explicamos o motivo do nome qx3 - um segredo guardado a sete chaves - e incentivamos os funcionários a nos chamar pelo apelido. Já no primeiro dia os novos funcionários começam a entender o espírito de ser um ‘quati', nome que damos a todos os funcionários da qx3, e quais as diferenças que temos em relação a outras empresas", explica Fabio Carneiro.

Reação de quem chega - A reação dos recém-contratados chega a ser "engraçada", pois no começo ficam um pouco assustados com uma "intimidade" incomum no trabalho, e até tentam ser formais. Mas, aos poucos vão se soltando, principalmente com as brincadeiras que ocorrem no dia a dia da empresa e nos eventos de integração. "Acho que o impacto principal para eles é de se sentirem parte daquilo de verdade e ver que somos uma empresa totalmente horizontal. Grande parte das pessoas que entram na qx3 não saem", comemora o diretor geral.

Todo esse ambiente de descontração, certamente, ganha força porque os dirigentes da empresa, apesar de serem híbridos - da Geração X quase Y - possuem foco em gestores da Geração Y. Eles procuram profissionais desta geração que se encaixem mais ao modo da empresa lidar com as pessoas. Contudo, não são totalmente fechados ao ponto de recusar profissionais da Geração X, dispostos a aprender novos conceitos

Quando questionado se há diferenciais significativos entre gestores das Gerações X e Y, Fabio Carneiro afirma que sim. Para ele, as pessoas da Geração X possuem grande dificuldade de entender as necessidades das novas gerações e o que motiva esses profissionais virem ao trabalho todos os dias. Em um mercado competitivo como o que é vivenciado pelas empresas, manter funcionários motivados é uma necessidade para quem quer ter sucesso. Contudo, para muitos gestores da Geração X, os colaboradores têm que cumprir ordens e pronto. Não há espaço para diálogo e é constante a imposição de sua hierarquia para tomada de decisões e intimidação dos funcionários.

O trabalho normalmente se dá mais por medo de perder o emprego do que por motivação. De certa forma, continua Fabio Carneiro, é fácil entender os porquês desses comportamentos. A grande maioria dos gestores da Geração X veio de experiências deste modelo, com visões antiquadas de gestão e com foco única e exclusivamente voltado para resultados, custe o que custar.

"Com novos mercados sendo criados, a internet e a globalização, ficou mais fácil trocar de emprego, procurar novas oportunidades ou até criar seu próprio negócio. Com isso, funcionários antes presos a este modelo de gestão foram de certa forma facilmente seduzidos com este novo modelo. E para surpresa geral, começaram a produzir e criar muito mais do que antes, ao contrário do que muitos defensores dos modelos rígidos de gestão pregavam", aponta.

O diretor geral da qx3 assinala ainda que, para a Geração Y isso já faz parte do "como deve ser" deles. Já nasceram nesse modelo e gostam. Não há volta. Com isso, gestores da Geração Y têm que aprender a lidar com pessoas que buscam diariamente um fator motivador, para trabalhar na empresa que estão. O foco passou a ser muito menos de cobrança e muito mais de apoio e "mentoração", para que os funcionários desempenhem seus papéis da melhor maneira possível.

"Para se ter uma ideia, nosso diretor operacional passa mais tempo conversando e analisando como melhorar as condições de trabalho da equipe, do que cobrando à equipe pelos prazos e resultados. Procuramos ser a referência para eles e estamos ali para ajudá-los em problemas profissionais e pessoais", reforça.

Treinamento dos gestores - Para fazer com que a filosofia de descontração da empresa permaneça acesa, existe um modelo de replicação da experiência e do modo de liderar dos fundadores da companhia. Esse é repassado aos líderes que chegam e esses, por sua vez, repassam para os liderados. De acordo com Fabio Carneiro, não há uma necessidade de formalização deste processo já que isso se dá no dia a dia dos profissionais. A melhor maneira de manter esta característica de gestão é a direção da empresa ser referência neste modelo, ou seja, terem que ser o que pregam. Isso faz o processo ser praticamente natural.

Na prática, percebe-se que o relacionamento de confiança entre gestores e liderados impacta na rotatividade da companhia. Isso porque, o funcionário entende muito mais o que acontece na empresa e compreende o porquê das decisões que organização adota. Além disto, como o processo é de mentoração e liderança natural, os colaboradores comprometem-se em um nível pessoal com os gestores, gerando um sentimento de que formam uma grande família.

"Isso pesa muito na decisão de estarem na qx3. Temos diversos casos de funcionários que receberam propostas salariais melhores, mas não deixam nossa organização por conta do ambiente que proporcionamos a eles. Queremos ter parcerias de longa data com nossos funcionários e para nós, é um orgulho dizer que mais de 50% da empresa começou como estagiários dentro da própria qx3. E esperamos que se aposentem aqui", torce Fabio Carneiro.

Avaliação de desempenho - Todos os profissionais da qx3 passam por processos de avaliações abrangentes. No processo, procura-se analisar toda a postura do funcionário, desde o aspecto profissional quanto o pessoal. Também se inclui o futuro da carreira, traçando metas para o crescimento do "quati" dentro da empresa e fora dela. É importante destacar que esta avaliação está diretamente ligada à remuneração variável dos colaboradores, o que de certa forma, torna-se um estímulo para que eles próprios procurem cobrar seu crescimento profissional e pessoal.

Todas as avaliações são feitas individualmente em uma conversa pessoal direto com o líder e as "notas" são dadas por um consenso entre gestor e funcionário. "Pode parecer estranho, mas nunca tivemos um caso em que gestor e funcionário chegassem a um conflito nesta nota, mesmo quando isso significa reduzir sua remuneração variável", finaliza.



 
Referência: RH.com.br
Autor: Patrícia Bispo
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