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Negócios / Empreendedorismo - Assim Caminha a Criatividade 

Data: 17/12/2008

 
 

Será um Dom? Ser criativo é Ter alguma coisa especial que o diferencia de outras pessoas e torna-o apto a disputar melhores posições na vida pessoal e profissional?

Ao consultar qualquer especialista ou entendido no assunto as respostas a essas duas questões será: Criatividade não é uma dádiva divina e poderá torná-lo uma pessoa especial, capaz de assumir novas posições dentro das organizações ou assumir a dianteira frente à concorrência.

O novo paradigma criado pelas instituições é: frente a um mundo em constantes mudanças é preciso antes de mais nada ser criativo.

A cada dia surgem novos livros e autores que exploram a questão da criatividade como um remédio que cura todos os males, possível de ser administrado em potentes doses.

Existe um cheiro de milagre no ar. Será possível que após a leitura de um livro ou de participar de um seminário de mais ou menos 20 horas, passarei a ser criativo e, portanto perfeitamente preparado para enfrentar novas realidades?

Antes de dar minha resposta, vou expor o que consegui verificar após a leitura de alguns livros, da participação em diversos seminários e de ministrar alguns cursos sobre o tema.

No início tudo que temos é um problema a resolver. Pode ser uma coisa trivial ou corriqueira, pode ser algo complexo, ou ainda uma necessidade de colocar para fora um algo que nos incomoda. Precisamos em primeiro lugar estar conscientes de três pontos básicos:

a) Ter um claro entendimento do problema ou do que queremos;
b) Familializarmo-nos ao máximo com todas as regras do problema; e;
c) Descobrirmos o maior número de brechas possíveis.

Quase que ao mesmo tempo passamos a pensar e repensar sobre possíveis soluções. Surgem muitas idéias e nenhuma parece nos satisfazer. A essa fase do processo criativo chamamos de PREPARAÇÃO. Nela definimos com clareza o que queremos e temos inúmeras idéias sobre o que fazer. A próxima etapa do processo, não menos importante, ocorre quando cansados ou com outras coisas a fazer deixamos de lado a questão. Nesse momento cada um de nós guarda numa gaveta no nosso cérebro, que fica à disposição do nosso inconsciente. Como diz Daniel Goleman no livro O ESPÍRITO CRIATIVO “Ficamos mais receptivos de sugestões da mente inconsciente nos momentos de devaneio, quando não estamos pensando em nada em particular. Por isso, o sonhar acordado é tão útil na busca da criatividade”.Essa etapa é chamada de INCUBAÇÃO.

A próxima etapa desse processo é a INSPIRAÇÃO - é aquele momento que surge de repente e nos dá uma idéia do que fazer, a solução, a base, enfim sempre aparece quando menos se espera. Algumas pessoas tem quando estão tomando banho, outras quando caminham no parque, a INSPIRAÇÃO varia de acordo com cada pessoa. É o momento de falar: Achei. Um momento tão peculiar e importante que podemos dizer que estamos mais envolvidos com a emoção do que com a razão. O coração fala mais alto do que a mente.

Felizmente não é o final do processo, é preciso provar, testar e verificar se aquela centelha, que trouxe uma felicidade incomum no momento anterior, pode ser aplicada. Essa é a fase final do processo criativo e é denominada de VERIFICAÇÃO. É aqui onde pode-se verificar se a idéia que tivemos é viável. É aqui que sentimos as frustrações, pois na grande parte das vezes, não são idéias aplicáveis. Não podem ser verificadas.

A frustração no processo criativo é algo tão normal quanto aprender a caminhar. Tentamos uma, duas, muitas vezes, até que conseguimos achar a solução do problema. É nesse momento que muitas vezes nos decepcionamos e dizemos não somos criativos, apenas sonhadores. Criatividade é um Dom e eu não o recebi quando nasci e tantas outras frases e ditados, que nos colocam como os últimos dos últimos.

As perguntas que fazemos agora começam a ficar mais claras. Nos seminários e nos livros parece tudo tão fácil. Por que não consigo? Alguns autores escrevem, mas, poucos conseguem ler que a FRUSTRAÇÃO é parte importante do processo. É preciso aprender a dominá-la e tentar de novo, e, de novo, e de novo. De modo que podemos dizer que as regras ocultas da criatividade são PRATICAR, PRATICAR E PRATICAR.

Estamos acostumados a ouvir desde crianças a palavra NÃO, mas quando falamos para nós mesmos a dimensão é muito maior: o NÃO interior é imenso e destruidor.

Nos livros e seminários, aprendemos com exercícios a realmente sermos criativos, porque depois não conseguimos por em prática?

A questão não é simples de responder. Vamos pensar que existem algumas condições para que a Criatividade aconteça:

1. É preciso que tenhamos pessoas criativas.
2. Além disso, é preciso que o ambiente onde trabalhamos seja criativo.
3. Ainda é necessário que o processo de termos idéias seja criativo
4. E por último é preciso que desenvolvamos um produto criativo.

Propiciados pela linguagem fácil dos autores ou dos consultores, isso aparece com facilidade. Todos nós podemos ser criativos. Realizando os exercícios propostos poderemos facilmente comprovar. O ambiente é criativo, onde os bloqueios e regras, geralmente impostos pelas organizações ou pela sociedade, praticamente não existem. Os processos criativos são explicados com detalhes e, regra geral, consistem em termos uma explosão de idéias sobre uma determinada questão. Ao final, somos premiados com resultados surpreendentes. Os produtos são criativos. Os exemplos que são apresentados demonstram isso com clareza.

Ao voltarmos para o nosso dia a dia, deparamo-nos com condições que favorecem nossos bloqueios pessoais (continuamos achando que assim não dá). Os ambientes de trabalho não permitem que tenhamos condições de sermos livre para termos idéias. Temos que te-las sim, mas das 8 as 18 horas. Alguns processos criativos, que no seminário pareciam fantásticos, parecem ridículos frente a imensa gama de problemas que temos a resolver. Os produtos criativos que nos pedem são exatamente iguais aos de ontem, parecem ser cópia dos de hoje e provavelmente serão idênticos aos de amanhã. Enfim gostaríamos que o autor do livro ou aquele consultor trabalhasse no nosso lugar.

Minha resposta é que, logo depois da leitura do livro ou da participação no seminário, antes de sair dando murro em ponta de faca, ou ficar se lamentando, decepcionado pelo tempo perdido, faça a seguinte reflexão: POSSO CONSTRUIR UMA ESTRUTURA QUE FAVOREÇA A CRIATIVIDADE.

Construir uma estrutura para criatividade é:

- Buscar a pessoa criativa que existe dentro de cada um de nós. Praticando, errando e aprendendo, reaprendendo. Pessoas criativas são fluentes, tem muitas idéias. Tem flexibilidade e originalidade. Elaboram constantemente. São sensíveis. Buscam a liberdade com vigor e luta; toleram a possibilidade de ser isso, mas também aquilo. Aprendem a trabalhar em ambientes pouco ou sem nenhuma estruturação.

- Dimensionar um ambiente criativo que permita constantes desafios. Liberdade e suporte a idéias. Um local onde exista confiança e abertura. Dinamismo e vivacidade para podermos praticar. Um lugar onde a diversão e o bom humor imperem (aliás, nunca vi criatividade com pessoas mal humoradas ou sérias). Um local onde assumir riscos é aceitável e permitido. Onde tenhamos tempo para idéias, debates e conflitos.

- Escolher processos criativos que produzam uma grande quantidade de idéias, que permitam a suspensão de julgamentos, preconceitos e estereótipos, que propiciem a busca do novo, do extraordinário e do incomum e, que permita a construção em cima de idéias.

- Criar um produto criativo para atender as necessidades do cliente. Encantá-lo com algo novo ou com uma adaptação É preciso conhecer o que realmente quer o seu cliente. (as vezes o seu cliente é você) Só assim teremos produtos criativos.

Fique atento com promessas de resultados em pouco tempo, em adquirir diferencial competitivo, ou soluções mágicas. Criatividade é como musculação, os resultados costumam aparecer depois de um tempo de malhação, suor e cansaço. Podemos abreviar em muito o tempo que necessitamos para aprendermos sobre CRIATIVIDADE, mas lembre-se, a ilusão é prima em primeiro grau da frustração.

A Criatividade é uma mudança interna antes de externa. Ela faz bem as pessoas que a praticam e levam-nas a ter satisfação pessoal. Ela nos faz enxergar por outros olhos e de outras maneiras. Quando ela desperta anima toda uma maneira de ser, o desejo de inovar, de explorar novas formas de fazer as coisas, de transformar sonhos em realidade.



 
Referência: proximoemprego.com
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