Negócios / Empreendedorismo - O Desafio da Inovação
A Inteligência Organizacional é o componente humano de maior valor para as
organizações. Colaboradores devidamente lapidados e comprometidos com a empresa
geram indubitavelmente resultados expressivamente positivos.
Embora alguns empresários acreditem que ampliar a taxa de empregabilidade de
seus colaboradores possa ser um caminho de duas vias e que uma dessas vias seja
o investimento na qualificação de profissionais para que outras empresas os
capturem, o sucesso obtido através da melhoria contínua dos conhecimentos dos
colaboradores é extremamente compensadora e diferencia as empresas que
encontram-se no ciclo da sobrevivência daquelas que vivem o ciclo da inovação.
O ciclo da sobrevivência é fadado ao fracasso. Quando as empresas estão neste
ciclo os objetivos já se perderam, as lentes que ajustam o foco estão embaçadas
e o compromisso é uma corrida contra o relógio para apagar incêndios por meio de
medidas paliativas. O abandono para com o capital humano é explícito e as fontes
minguam e estão prestes da extinção.
Já o ciclo da inovação é o caminho para vitórias sucessivas. Para as felizes
empresas que vivem este ciclo, a inovação é um bem organizacional,
caracteriza-se pela habilidade em flexibilizarem-se na busca dos seus reais
objetivos e confiam na ampliação do seu Q.I.O (Quociente de Inteligência
Organizacional) como estrutura sustentável. A inovação é o oxigênio, a
consciência e a maturidade organizacional que levam as organizações vencedoras a
assim continuarem sendo.
A inclusão no ciclo da inovação necessita de alguns passos fundamentais para a
sua efetivação. O primeiro e mais evidente passo é permitir-se e tornar-se
aberto a mudanças. Essa constante pessoal e profissional é a porta de entrada
para a inovação.
A visualização inteligente do ambiente é o passo seguinte. É preciso um
auto-exame da essência a que organização se propõem (visão interna). Somada a
pesquisa e a análise do ambiente externo através de históricos, presentes e
antevisões (visão externa), as coordenadas tornam-se visíveis e viabilizam a
aplicabilidade do terceiro passo.
Este passo é composto de dois elementos que se condicionam, a criatividade e o
conhecimento. A criatividade é o dom que todos possuem, mas que nem todos o
ampliam e o desenvolvem. O conhecimento torna-se um dom na medida em que o
conquistamos. É dotado de um infindável recipiente onde armazenamos as
informações que absorvemos em nossa captação construtiva. No ciclo da inovação,
estes dois elementos devem ser aplicados partindo das coordenadas obtidas
através da visão interna e externa, para que sua aplicabilidade atinja melhores
resultados.
As ações cooperadas conferem ao ciclo da inovação a longevidade. É evidente que
a organização precisa ser competitiva, mas isso não lhe permite a voracidade
instantânea que gera resultados imediatos e aniquila com parcerias constantes.
Os peixes precisam crescer para serem pescados.
Este passo é composto da seguinte fórmula: cooperação competitiva + inovação =
evolução.
A cooperação competitiva é baseada na flexibilidade que gera alianças
duradouras, somada a criatividade, atingi-se o nível evolutivo ao qual o ciclo
da inovação se propõe.
Suplantadas por algumas ações imprescindíveis este é sem dúvida um “set” para a
trilha da vitória. Sim, é uma trilha, pois todos os dias as mudanças podem fazer
com que os melhores caminhos sejam de maior ou menor tortuosidades.
O “set” para o ciclo da inovação precisa ser suportado por comunicações
eficazes. Estas comunicações precisam ser transparentes, permanentes e que sigam
vias como uma rosa dos ventos de ida e volta. Os captadores (pesquisadores)
precisam ser desenvolvidos para que o suporte ao ciclo esteja constantemente
atualizado. A percepção de que todos são captadores precisa ser despertada. Cada
colaborador é um pesquisador e precisa desenvolver a habilidade em capturar
informações. As informações estão disponíveis, mas nem todos estão “ligados’
para as captar, assimilar e agir de acordo com a sua absorção.
A formação de colaboradores “ligados” passa pela qualificação permanente dos
mesmos. Essa qualificação desencadeia uma tríade de responsabilidade. Ela
acontece da seguinte maneira:
1.º A empresa investe no colaborador (treinamentos / benefícios / segurança);
2.º O colaborar se desenvolve e aumenta a capacidade de gerar melhores
resultados para a organização;
3.º Os resultados surgem expressos em crescimento e solidez organizacional.
Com isso, o ciclo da inovação passa a reger a organização de maneira positiva e
estruturada. A chave para desenvolver é semear, reciclar e retomar.
Com a concepção do “set’ em soma aos componentes do suporte, o passo inicial
está dado e então é hora de planificar com datas que permitam as realizações de
forma realista (mas lembre-se de ter planos “B” – visão pessimista e otimista) e
agir com um sentimento auto-motivador do tipo “eu posso fazer mais”.
E assim, o “Desafio da Inovação” está em suas mãos. Cabe a cada um escolher
continuar em uma cada vez mais insegura zona de conforto ou no universo daqueles
que são a diferença.
Referência:
artigonal.com
|
|
|