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Dívidas / Endividado ? - Dívidas: cortar juros é a 'alma do negócio' 

Data: 08/06/2007

 
 
G1 selecionou três casos de pessoas que estão tentando sair das dívidas.
Especialistas alertam: pesquisar menor taxa é fundamental para a saúde financeira.

Ligia Guimarães Do G1, em São Paulo
Link da reportagem original: http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL78915-5599,00.html

Pesquisar taxas, renegociar prazos, fugir do cheque especial: para quem se atrapalhou com o orçamento e chegou à metade do ano afundado em dívidas, reduzir os juros do saldo devedor ao máximo deve ser prioridade absoluta.

A atitude é especialmente importante no Brasil, país dono de uma das taxas mais exorbitantes do mundo: a média dos juros cobrados pelos bancos no cheque especial é de 139,7% ao ano, de acordo com números do Banco Central.

Sair do vermelho é possível, mas requer sacrifício: segundo especialistas ouvidos pelo G1, são necessárias mudanças profundas e permanentes na maneira de se relacionar com o dinheiro. 

“É como fazer regime. Não adianta parar de comer por um período curto: é preciso fazer reeducação alimentar. Com dinheiro, é a mesma coisa: precisa mudar a cultura financeira”, diz o economista Alexandre Assaf Neto, professor da Fipecafi - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras.
 

Para Vera Rita de Mello Ferreira, professora de Psicanálise e psicologia econômica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), “o primeiro passo é entrar em contato com a realidade”. 

Ela propõe uma reflexão: “Senta e coloca no papel qual a verdadeira situação – quanto [dinheiro] sai e quanto entra. Para muita gente, isso não é suficiente porque não consegue sentar, ou não consegue colocar no papel.” 

O G1 selecionou três exemplos de pessoas que enfrentaram o problema de dever mais do que podiam pagar, mas estão conseguindo vencer o desafio: aprenda com os erros e acertos de cada um, na avaliação de especialistas.
 

Dívida 1: Financiamento de carro

Prestes a entrar como sócia em um escritório de arquitetura em Jataí (GO), a empresária Rosemeri Schaurich, de 38 anos, decidiu dar entrada no financiamento de dois automóveis: um para ela e um para o sócio. 

PROBLEMA

Em apenas dois meses, acumulou uma dívida de R$ 100 mil. No primeiro carro, retirado da concessionária em agosto, ela se comprometeu a pagar 60 parcelas de R$ 1.312,00; com os juros, os R$ 41 mil do valor do carro saltaram para R$ 78 mil. Com a renda que vinha da escola de informática da qual é proprietária até hoje, não conseguiu pagar mais que a terceira parcela do carnê.

O pagamento das parcelas do segundo veículo – que valia R$ 22 mil - deveria ser responsabilidade do sócio de Rosemeri. A situação financeira da empresária, no entanto, se agravou quando ele foi embora e abandonou tanto a empresa quanto as despesas.

ACERTO

Para quitar a dívida, Rosemeri apelou à Justiça: entrou com uma ação requerendo a diminuição dos juros cobrados pela financeira. Diante da iniciativa, o banco propôs um acordo: a empresária devolveu os veículos, pagou R$ 7 mil referente às parcelas atrasadas do segundo veículo e encerrou o assunto: ficou livre das dívidas e sem os automóveis.

ERRO

Faltou planejamento nas compras de Rosimeri. Para o especialista Alexandre Lignos, da consultoria IGF, a empresária pecou pelo consumismo. 

“A pessoa se encanta com o carro, ou com algum produto e compra sem planejamento”, diz. “Se ela planejasse, fizesse alguma reserva, poderia num futuro próximo comprar o bem e poder usufruir dele de verdade”, diz.

Dívida 2: Gastos com faculdade

O administrador Eduardo dos Santos Leonel, 26 anos, não conseguiu manter em dia as mensalidades da faculdade, que começou a cursar em 2001. 

PROBLEMA

Leonel acumulou as parcelas em aberto até perder o controle da situação: a dívida chegou aos R$ 10 mil, quantia pesada para seu salário de estagiário, que ainda precisava ser suficiente para pagar a pensão para a filha, hoje com 7 anos.

ACERTO

Para resolver a questão, ele procurou a administração da faculdade. “Eu disse que só podia pagar a dívida se continuasse trabalhando e que, se parasse de estudar, perderia meu emprego”, diz.

Para as negociações, Leonel foi encaminhado à financeira que presta serviço para a instituição. Resultado: depois de concluir os estudos em 2005, ele só vai conseguir quitar a dívida em março de 2008. Desde que negociou a dívida, há um ano e meio, ele pagou mensalmente parcelas que variaram em média de R$ 300 a R$ 700.

“Tive que cortar gastos. Na época, eu morava com a minha mãe e tive que parar de contribuir com as despesas do mês. Reduzi totalmente a conta de telefone e as saídas com os amigos”, diz. “Valeu a pena. Depois disso, descobri que gastava muito dinheiro com bobeira. Aprendi”.

ERRO

Faltou pesquisar outras taxas de empréstimo, além da financeira, indicada pela faculdade. Na avaliação do professor William Eid Junior, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pesquisa e planejamento são fundamentais antes de se aceitar qualquer acordo.  

“Não pode ir aceitando a primeira que oferecem, sem nem saber quanto paga”, diz. Segundo ele, financeiras geralmente têm os juros mais altos: um empréstimo pessoal  num banco poderia ter saído mais barato. 

Para o consultor Alexandre Lignos, da consultoria IGF, a pressa em limpar o nome sem pesquisa foi a principal falha de Eduardo. 

“O principal erro dele foi a falta de informação. É uma pessoa honesta, jovem, que quis manter o nome dele e se desesperou, pegou a primeira opção, a financeira da faculdade”, diz. 

Segundo ele, pensar no valor das parcelas sem olhar para as taxas de juro é um comportamento padrão do brasileiro. “Ele negociou uma parcela que cabia no salário dele. Podia ter quitado a dívida há muito tempo”, diz. 

Dívida 3: Empresa falida

O ‘calote’ de grandes clientes derrubou os negócios do empresário Joaquim Ribeiro de Oliveira, 51 anos. Em 1996, ele era dono de um mercado em Campo Grande (MS). Na época, alguns de seus principais compradores, como fazendas e prefeituras, deixaram de pagar pelo que haviam comprado em seu estabelecimento.

PROBLEMA

Pego de surpresa pela falta de dinheiro em caixa, Joaquim viu seu estabelecimento falir e amargou mais de R$ 200 mil em dívidas com fornecedores, agiotas e até com a Receita Federal. Teve, além, disso, dois imóveis penhorados. 

ACERTO

Para reverter a situação, saiu em busca de negociações: ‘chorou’ para diminuir juros de dívidas, conseguiu empréstimos a juros menores e parcelamento das dívidas na Receita. Além disso, cortou gastos: vendeu automóveis, e eliminou ‘luxos’, como festas no final de semana com a família. Hoje, ainda tem pela frente as parcelas do débito com a Receita, que somam R$ 120 mil.

ERRO

Faltou saber administrar a dívida. “Ele tinha imóveis. Colocando-os como garantia, ele poderia ter conseguido juros bem menores para empréstimo, antes de tê-los penhorados”, diz Alexandre Lignos, da consultoria IGF. "Ele deixou acumular a dívida e de repente desistiu, entregou tudo o que tinha". 

Outra falha grave é ter procurado um agiota. “Agiota nunca ajuda”, diz. Segundo o especialista, apegar-se a imóveis na hora de pagar uma dívida não é recomendável. "É ilusão de segurança".



 
Referência: Reportagem de Alexandre Lignos ao jornal do site da Globo (G1)
Autor: Ligia Guimarães
Aprenda mais !!!
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