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Finanças pessoais - Consumo: para escritor, ter mais de qualquer coisa pode tornar a vida pior 

Data: 04/09/2011

 
 

Muitos de nós achamos que basta reciclar o lixo que produzimos, comprar aparelhos elétricos que consomem menos energia ou carros que usam combustível vegetal para dar uma contribuição para tornar o mundo mais sustentável.

Mas será que paramos para refletir se estamos produzindo muito mais lixo do que deveríamos porque consumimos em excesso, ou se é necessário realmente ter novos aparelhos elétricos ou um novo carro, ainda que sejam menos prejudiciais ao ambiente? Essa é uma das principais questões que o jornalista John Naish apresenta em seu livro Chega de Desperdício!

Para o autor , a sustentabilidade vai além da preservação dos recursos naturais e é uma atitude pessoal que deve vir acompanhada do que ele chama de suficiência ou suficientismo. Isso significa perceber, diz ele, que ter mais de qualquer coisa – bens de consumo, alimentos, informação, trabalho ou até mesmo felicidade – torna a vida pior e não melhor.

“Criamos uma cultura que carrega uma mensagem dominante - ainda não temos tudo de que precisamos para nos satisfazer. Dizem que a solução é ter, ver, ser, fazer ainda mais. Mas isso está gerando consequências estranhas: os níveis de estresse, depressão e estafa estão crescendo rapidamente, embora tenhamos uma abundância sem precedentes. Nosso planeta também não está nada feliz com isso”, observa.

Rompendo com hábitos ancestrais
Praticar a suficiência, no entanto, não é tarefa nada fácil, já que é preciso lutar contra comportamentos instintivos que herdamos de nossos antepassados da idade da pedra e que no passado garantiu a nossa sobrevivência: “nosso mecanismo evolutivo levou-nos a descer das árvores e a nos espalhar pelo mundo, guiou-nos ao longo da era do gelo, de períodos de fome, de peste e de desastres, até chegarmos a esta época de abundância tecnológica. E, mesmo assim, insta-nos constantemente : “Eu quero mais...Agora”, comenta John Naish.

Mas, se em um passado distante, esse comportamento era essencial, hoje ele pode se tornar uma doença. Como exemplo, o autor compara um antigo hábito de estocar provisões para aumentar as chances de sobrevivência com o chamado distúrbio de consumo compulsivo, que faz com que as pessoas comprem coisas e armazenem tudo até que suas casas estejam lotadas do chão ao teto.

Um outro exemplo é o culto às celebridades, imitando inclusive o que elas consomem, já que, diz o autor, a capacidade de imitar garantiu grande parte do sucesso do homem, pois permitiu que ele se adaptasse mais rapidamente às mudanças no ambiente do que outras espécies.

Mudanças de atitudes
Apesar de termos um cérebro “programado” para a insatisfação permanente, lembra Naish, é possível rever velhos hábitos, para combater o consumismo, adotando atitudes simples:

Não compre antes de se fazer perguntas do tipo: eu verdadeiramente preciso disso ou somente o quero? Meu desejo por esta coisa foi implantado por técnicas de marketing? Quantas horas a mais vou ter de trabalhar para pagar por isto? Não há algo que eu já tenha que poderia substituir isto? Caso eu esteja substituindo alguma coisa que já tenho, qual é o problema do item velho? Caso eu realmente precise dessa coisa, não há alguma maneira de consegui-la em um site de troca ou pegar emprestada com um parente ou amigo?

Faça você mesmo: você pode recuperar sua criatividade dedicando tempo para aperfeiçoar qualquer artesanato que deseja.

Seja mais materialista: “comprar coisas que não duram é tóxico para nossa ecologia pessoal. Isso faz com que trabalhemos, nos preocupemos e queiramos mais. Nós realmente precisamos ser mais materialistas – no sentido de cuidar de nossas coisas materiais, em vez de apenas usá-las e descartá-las”, lembra o autor.

Dispense o crediário e não toque nesse plástico: no primeiro caso, diz John Naish, hoje, o crédito fácil serve principalmente para comprar coisas que apenas queremos e queremos já; no segundo, quando você paga com cartão de crédito, não sente a dor do gasto e, além disso, você atiça um desejo físico.

Aspecto barato: “Gastamos mais dinheiro para manter nossa imagem diante dos outros”, diz o autor, citando a conclusão de um estudo de uma universidade americana. Por isso, recomenda, uma solução pode ser ir às compras com parentes, já que compramos menos coisas quando estamos sob o olhar vigilante de membros da família.

Evite ofertas especiais: quando o consumidor vê produtos a preços mais baixos, seu cérebro racional tende a ficar sentimental e grato pela generosidade da loja, e isso faz com que compre mais do que precisa.

Cuidado com a web: segundo o autor, é preciso tomar cuidado com sites que deixam o consumidor experimentar produtos de forma interativa, já que o “test drive” virtual tende a fabricar falsas impressões favoráveis ao produto, induzindo à compra. É o que em psicologia se chama “criar falsos positivos”, diz Naish.

Por fim, o autor lembra que, ao praticar o suficientismo, a pessoa não só torna as finanças mais sustentáveis, como, por consequência, ganha mais qualidade de vida. “Se seu orçamento girar em torno do suficiente, provavelmente será mais fácil trabalhar para ganhar apenas o suficiente, para liberar a vida para as coisas mais gratificantes, além da esfera restrita de comprar e gastar”, ensina.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Ana Paula Ribeiro
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Abaixo colocamos mais algumas dicas :