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Consumidor - Dia Internacional da Mulher: a importância da beleza consciente 

Data: 07/03/2011

 
 

"Eu não condeno a luta pela beleza. Eu acho que a mulher tem sim que ficar bonita, mas também não ficar alienada. Ela tem que saber o que está fazendo, com quem e onde ela está fazendo", afirma a gerente de mobilização comunitária do Instituto Akatu, Camila Melo.

Mas, diante de uma sociedade que nos bombardeia com estímulos ao consumo, de que forma realizar um consumo sustentável? "A primeira coisa é parar para pensar se de fato a gente precisa de tudo isso que a propaganda e a mídia oferecem pra gente", aponta. "O refletir é o primeiro passo da consciência".

Sem compras
Thais Aux, 27 anos, concorda: "Eu sempre falo que é legal se fazer a perguntinha mágica, 'daqui uma semana ainda vou querer isso?', ou 'preciso mesmo disso?'". Freelancer e pós-graduanda em jornalismo, ela é dona do blog "Hoje eu não comprei" (www.hojeeunaocomprei.com.br), desde janeiro de 2010.

"O blog foi criado como uma resposta às blogueiras consumistas que postam praticamente todo dia algo que compraram. Eu fico me perguntando se elas usam mesmo todos aqueles sapatos", questiona.

Por conta disso, um dos conselhos que Thais dá para as mulheres é resistir às tentações de um consumo descontrolado. "Fique só com o que você precisa de verdade. As pessoas também precisam de coisas supérfluas. Eu mesma compro às vezes coisas que não são necessariamente úteis, mas são bonitas. A beleza também é uma necessidade, mas tem que ter limite e bom senso", pondera.

Seu site recebe uma média de 200 visitas diárias, mas ela não sabe dizer qual o percentual do público feminino. "As mulheres que chegam ao meu blog são endividadas que querem dar a volta por cima. Muitas delas me escrevem agradecendo, que o blog ajudou e que agora elas não devem mais", conta Thais, com a sensação de que está fazendo a sua parte.

Após a compra, atenção ao uso!
De acordo com Camila, depois que a pessoa entende que é necessário consumir, o segundo passo é fazer a escolha de um produto ou serviço que tenha mais impactos positivos do que negativos em sua cadeia produtiva.

"Se eu quero comprar um batom, eu sei que tem petróleo na composição dele e muito aditivo químico. Então, eu vou procurar uma empresa que faz um batom com corantes naturais, pois isso traz mais impactos positivos para a minha saúde e para o meio ambiente", exemplifica.

Ela ainda conta sobre uma atitude que nunca deixa de tomar: "Eu me preocupo em saber como as pessoas que estão trabalhando no salão de beleza são cuidadas pelos donos". E ela aconselha a descobrir qual a jornada de trabalho dos funcionários, se são registrados e quais as condições de trabalho – "essas cadeirinhas que as manicures ficam trabalhando o dia inteiro faz mal para a coluna".

E as ações para um consumo consciente não param por aí. Depois de escolher a empresa que apresente mais sustentabilidade em sua produção, ainda é necessário fazer um uso sustentável do produto ou serviço.

"Não adianta comprar um batom com corantes naturais, se eu deixo ele na bolsa ou exposto ao sol. Ele vai derreter, e um batom que poderia ter durado dois anos, dura três meses", justifica.

Sem roupas nem acessórios
Essa é a ideia da empresária no ramo de comunicação visual e design gráfico, Évelyn Bisconsin, 30 anos. No mestrado, ela descobriu que o atual modelo de consumo gasta energia e gera resíduos em uma velocidade muito superior à capacidade da natureza de se recuperar.

"Comecei a estudar a questão do lixo até que um professor falou que as roupas geram lixo e demoram para se degradar. E não adianta a gente doar, pois estamos apenas tirando do alcance da nossa visão", conta.

Assim, ela se propôs um desafio: ficar um ano sem comprar roupas nem sapatos, e percebeu que tinha muita coisa, roupas que sequer lembrava que existiam. "A gota d'água foi quando falei sobre isso no almoço do mestrado. Gerou tamanha polêmica, que decidi escrever sobre", afirma, explicando a criação do blog "Um ano sem roupas" (http://umanosemroupa.blogspot.com).

Nesses quase sete meses de blog, ela se considera uma vitoriosa. "Você pode entrar na Levi's e comprar uma calça com rasgos por R$ 250, ou pode usar aquela Levi's de oito anos que está quase rasgando ou já rasgou. Qual a diferença?", provoca Évelyn.

Destino correto dos resíduos
Camila lembra da importância de um descarte correto dos produtos, para complementar o consumo consciente. "Sobrou a capinha do batom? Esse é um lixo seco que dá para ser reciclado. Então, vamos separar esse lixo para que as cooperativas reaproveitem isso", aconselha.

Pensando exatamente nessa questão que Évelyn idealiza "um novo projeto maluco de tentar ficar três meses sem jogar nenhuma embalagem fora e depois ver o resultado. E fotografar e colocar em um blog, claro!"

A ideia, ainda embrionária, é de fazer uma ação consciente, limpando e armazenando esses resíduos. "Eu acho que mesmo com o que sei e com minhas tentativas de ser um pouco mais sustentável, já produzo lixo demais, e quero mostrar isso", explica. "É aquela coisa: o que os olhos não vêem, o coração não sente".

Força de mulher
"Os valores femininos são muitíssimos importantes para essa era de sustentabilidade que a gente está buscando. Valores como cuidado, atenção, acolhimento, o ouvir", destaca Camila.

Ela explica que tem percebido que as mulheres estão cada vez mais competitivas e pensando no mercado de trabalho. "Isso está desequilibrando a sociedade, porque esses valores, como competição e objetividade, são mais masculinos, e eu acho que a mulher precisa zelar pelos valores femininos", conclui.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Fernanda de Moraes Bonadia
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