Em tempos de crise e incertezas com relação ao futuro da economia mundial,
investidores em busca de segurança e certa tranquilidade têm optado cada vez
mais pelos títulos do governo na hora de escolher uma aplicação.
Os títulos públicos são ativos de renda fixa e possuem a finalidade primordial
de captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para
financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infra-estrutura.
Para investir, é muito simples. Desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria
com a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), o Tesouro Direto é
uma ferramenta que permite ao investidor adquirir diferentes títulos da dívida
pública por meio da internet. Criado em 2002, o programa é exclusivo para
pessoas físicas e tem o objetivo de atrair o pequeno poupador.
Interessado? Conheça o passo-a-passo de como investir na modalidade, utilizando
a ferramenta do Tesouro.
Passo 1: o cadastro
O primeiro passo para adquirir títulos é ser cadastrado em algum dos bancos ou
corretoras habilitados no Tesouro Direto, os chamados Agentes de Custódia.
Para o cadastro, é preciso entrar em contato com a instituição escolhida e
fornecer as informações solicitadas. Em seguida, você irá receber sua senha, no
endereço eletrônico informado em seu cadastro. Para acessar a área exclusiva do
programa, você deverá informar seu CPF e senha na página do Tesouro Direto.
Os contatos das instituições habilitadas estão na página do TD na internet
(www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto).
Hora da compra
Comprar títulos é muito simples: é só acessar a área exclusiva do Tesouro Direto
e efetuar a transação.
Ao acessar a área exclusiva do Tesouro Direto, é preciso informar a quantidade
ou valor financeiro de cada título que pretende comprar. Uma vez escolhidos
todos os títulos que lhe interessam, o sistema irá conferir os limites por CPF,
verificar a disponibilidade dos títulos e solicitar a sua confirmação.
Atualmente, é possível comprar no mínimo 0,2 título e no máximo R$ 400 mil por
mês.
Após a confirmação da compra do título, o sistema do Tesouro Direto informará a
data limite para que os recursos necessários à aquisição estejam disponíveis na
conta do Agente de Custódia.
Vale ficar atento a esta data: se o pagamento não for efetuado, o investidor
fica suspenso por trinta dias, ou seja, não pode efetuar nenhuma compra no
Tesouro Direto durante este período. Se houver reincidência, o tempo de
suspensão é de seis meses e, na segunda reincidência, o investidor será suspenso
por três anos.
Na venda
Na operação de venda, assim como na compra, será necessário entrar na área
exclusiva do Tesouro Direto e informar a quantidade ou valor financeiro de cada
título que pretende vender.
Nestes casos, a CBLC, após receber do Tesouro Nacional o valor referente aos
títulos, debita os títulos da Conta de Custódia do investidor e repassa o
dinheiro para o Agente de Custódia, responsável pelo recolhimento dos impostos e
o repasse do valor.
Com relação aos limites nas operações de venda, o Tesouro Nacional recompra os
títulos adquiridos diretamente do Tesouro Direto todas as quartas-feiras sem
limitação de quantidade ou de valor, desde que sejam múltiplos de 0,2.
Horários e datas de funcionamento
O site do Tesouro Direto fica disponível, para consulta, a qualquer hora do dia
ou da noite. Para compras, os investidores podem utilizar o Tesouro Direto todos
os dias entre às 9h de um dia às 5h do dia seguinte. Nos fins de semana, é
possível comprar no Tesouro Direto entre às 9h de sexta-feira e às 5h de
segunda-feira, sem interrupções. Nos dias úteis, entre às 5h e às 9h, o Tesouro
Direto fica fechado para compras para manutenção do sistema.
Com o objetivo de garantir liquidez aos títulos públicos adquiridos no Tesouro
Direto, o Tesouro Nacional realiza recompras semanais, entre 9h das
quartas-feiras e 5h das quintas-feiras.
No caso das recompras por parte do TN, nas semanas em que houver reuniões do
Copom (Comitê de Política Monetária), a operação também é realizada entre 9h de
quinta-feira e 5h de sexta-feira. A negociação dos títulos, exceto da LFT, fica
suspensa entre 17h da quarta-feira e 9h de quinta-feira, início do mercado, para
evitar que as decisões do comitê sobre taxa básica de juro - a Selic - possam
afetar as negociações no Tesouro Direto sem que haja um correspondente efeito no
mercado secundário.