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Carreira / Emprego - Por que equipes talentosas nem sempre apresentam os resultados esperados? 

Data: 09/11/2009

 
 

Há muito tempo convivo com uma inquietação que me leva constantemente a repensar os modelos de gestão existentes no mundo corporativo. Tenho observado que, com o passar do tempo, as empresas passam a investir muito mais em seus processos seletivos, em que verdadeiros "experts" na área de Recursos Humanos tentam identificar pessoas dotadas de um portfólio composto de notáveis competências que venham agregar de forma significativa o dia-a-dia empresarial.

Essa tentativa de melhorar a formação de equipes, trabalha, na maioria das vezes, com recrutamentos demorados, estruturados em diversas etapas e que envolvem uma série de recursos. Forma-se uma banca examinadora, montam-se avaliações escritas, dinâmicas de grupos são criadas e softwares são utilizados com a intenção de analisar a postura dos candidatos frente a situações que ocorrem no cotidiano dessas empresas.

Esse processo acaba sendo algo complexo, mas que de certa forma cumpre o seu papel. Porém, após a contratação de pessoas com experiências fantásticas em seus currículos e que são comprovadamente competentes, os gestores se deparam com um enorme problema e que muitas vezes não são capazes de solucioná-los. Por que uma equipe tão bem estruturada, composta de pessoas talentosas, nem sempre apresentam os resultados esperados? Muitas vezes este questionamento permeia por longos períodos e, por mais engajamento que se tenha, a resposta demora a aparecer.

Tenho desenvolvido de forma frequente um trabalho de investigação a respeito deste assunto e posso garantir que não existe uma receita pronta a ser seguida. É necessário que seja analisado cada caso, pois o diagnóstico pode variar de organização para organização.

Em algumas situações encontramos equipes não tão maduras; em outras, as pessoas que foram contratadas não conhecem tanto os aspectos técnicos que norteiam a atividade, porém, o que mais se observa são processos de gestão ineficazes em que o potencial de cada indivíduo deixa de ser aproveitado da forma como deveria. Falta "feeling", foco e acompanhamento.

As pessoas, por mais competentes que sejam, precisam ser guiadas, conduzidas continuamente. Precisam se reportar a alguém que verdadeiramente conheça o negócio de forma holística e consiga trabalhar as habilidades de cada ser humano em prol de um objetivo comum.

E aí está o problema. As empresas ainda pecam bastante no processo de formação de gestores, principalmente as empresas de maior porte que possuem unidades de negócio pulverizadas em um vasto território geográfico.

É imprescindível a percepção de que o gestor não deve ser aquele que já está há muito tempo na casa e nem tão pouco aquele que conhece com propriedade apenas os aspectos técnicos que envolvem o negócio. O processo de gestão precisa ser trabalhado e o viés de preparação passa pelas pessoas que irão ficar à frente dessas unidades. No portfólio de competências devem-se destacar os aspectos técnicos, comportamentais, de liderança e, principalmente, a capacidade de fazer com que as coisas aconteçam.

E neste sentido, faz-se necessário entender que ninguém nasce pronto para o processo de gestão, as pessoas precisam ser trabalhadas, aprimorar as competências que já possuem e desenvolver outras que ainda não são tão afloradas. Há que se ter uma boa dose de habilidade para entender de gente, para entender de sonhos.

Analisando sob esta ótica e olhando ao nosso redor, percebemos claramente o quanto as empresas precisam melhorar para tornarem-se mais competitivas. É preciso entender que resultado é algo extremamente importante, mas que não se faz apenas com pessoas talentosas trabalhando em um mesmo ambiente. O resultado é uma consequência de profissionais talentosos trabalhando juntos, de forma assíncrona e com um objetivo em comum.

É necessário deixar muito claro para as pessoas o papel delas junto à organização, caso contrário, dificilmente as empresas conseguirão manter profissionais talentosos trabalhando muito tempo em suas corporações, até porque gente de talento cria expectativas acerca do seu trabalho, e a partir do momento que essas expectativas não são correspondidas, a consequência natural pode ser a frustração.



 
Referência: RH.com.br
Autor: Valter Almeida de São Pedro Júnior
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