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Carreira / Emprego - O desafio de trabalhar em casa 

Data: 12/11/2008

 
 

O diretor de vendas da Dell, Ricardo Menezes, levou 10 dias para explicar à família que ele estava em casa durante o dia, mas era a trabalho. Desde que foi contratado, adotou o modelo da empresa de trabalhar em casa, em seu home office. “É excelente. Se saio do serviço às 19h, às 19h e 10 segundos estou em casa com a família.” A Dell faz isso com toda a sua equipe de vendas. Para manter a convivência, de tempos em tempos organizam reuniões presenciais. Várias outras empresas que estão mandando seus executivos para casa: a Renault francesa foi um dos casos mais recentes.

“É questão de autodisciplina. Não escolhemos pessoas que se desconcentram por qualquer razão”, diz a gerente de RH da Dell, Lucila Yanaguita. A opção da empresa aumentou a capilaridade da equipe de vendas. “Não precisamos montar filiais em todos os estados, e a agilidade em atender os clientes aumenta muito.”

O gerente-geral da Tandberg no Brasil, André Queiros, trabalha em casa há oito anos. E sente bastante o crescimento deste mercado: a Tandberg é uma multinacional que presta serviços para teleconferências. “A procura por esses serviços têm aumentado muito. A tecnologia permite a comunicação fácil entre pessoas de todos os lugares do mundo.”

Para o gerente, a produtividade da própria empresa aumentou de 10% a 40% depois que os executivos organizaram seus home offices. “Com cerca de R$18 mil, é possível montar um escritório.” A grande vantagem, claro, é estar em casa. “Não perco tempo no trânsito, por conseqüência não poluo o meio ambiente com meu carro, e não me estresso.”

Para o diretor de liderança e empreendedorismo da BSP, Álvaro Melo, trabalhar em casa não é apenas uma tendência. “As empresas viram que as pessoas trabalham melhor e gastam menos.” Ele estima que a redução de gastos com móveis, material de escritório e até cafezinhos chegue a 20%. Em São Paulo, há dois condomínios em construção em bairros nobres para pessoas que trabalham em casa: os apartamentos já têm escritório projetado. “É mais uma prova de o movimento vai se fortalecer.”

No entanto, existe resistência. Uma pesquisa da Korn/Ferry mostrou que 61% dos executivos acreditam que as pessoas que trabalham fora do escritório têm menos chances de crescer na corporação. “Ainda assim, 48% dos entrevistados disseram que consideraria propostas para trabalhar em casa”, diz um dos sócios da Korn/Ferry, Jairo Okret. “E 78% acham essas pessoas são tão ou mais eficientes do que as que trabalham em escritório.” Ele diz que há empresas que oferecem vagas para trabalho em home office para atrair talentos. “Os bons executivos querem esse benefício.”

“O bom líder não precisa estar no escritório para achar a melhor solução”, defende o diretor do grupo BPI no Brasil, Gilberto Guimarães. “A prática é mais comum nas multinacionais e nas empresas onde não existe uma estrutura hierárquica rígida demais, pois o conceito de subordinação muda com o trabalho em casa.” Anda assim, ele defende os encontros pessoais com colegas de serviço. “A interação é uma parte importante na vida das pessoas, e não pode ser eliminada.” Para Guimarães, o home office vai deslanchar no Brasil assim que empecilhos trabalhistas se resolverem. “As empresas temem pagar horas extras aos funcionários em casa.”

A solução é fazer contratos detalhados. “O número de horas, ou a opção pelo horário livre, deve estar explícito no contrato do executivo”, diz o advogado Márcio Magano. “Não ultrapassando o limite legal de 44 horas por semana, o executivo pode ter o horário que quiser.”



 
Referência: O Estado de S. Paulo
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