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Finanças pessoais - Cuidado: não deixe o dinheiro destruir seu casamento 

Data: 10/09/2008

 
 

Juras de amor eterno, um lindo vestido branco e chuva de arroz para dar sorte. Quem bom seria se o casamento fosse feito apenas dessas coisas. Mas é preciso lembrar que após a chuva de arroz, começa uma vida em comum, que nem sempre será só de bons momentos.

Pesquisas alertam os enamorados: o dinheiro é um dos fatores que mais separa os casais e, por isso, ao embarcar no primeiro, segundo ou terceiro casamento, é importante estar atento a diversos pontos referentes a vida financeira do casal, para que o grande amor não dure menos do que o salário recebido no primeiro mês de casados.

A mesma opinião é compartilhada pela psicóloga Cleide Maria Guimarães. "Muitos casais nem conversam sobre dinheiro e nem sabe como o outro gostaria de gastar o dinheiro que, a partir do casamento, passa a ser dos dois. E aí surgem desavenças quando um gasta de um jeito, o outro de outro e ambos não entram em um acordo".

Cuidados
Especialistas afirmam que, ter uma conta para os gastos da casa, uma conta separada caso um dos cônjuges já tenha um filho de outra relação, ou uma conta com uma pequena verba para que cada um possa gastar como quiser, são atitudes que podem garantir a harmonia do casal.

A psicóloga, no entanto, afirma que, a solução para os problemas está na conversa. "Os casais precisam conversar sobre dinheiro e muitos evitam esse assunto na relação. Muita gente usa a desculpa de que como tem uma vida corrida e tem pouco tempo para estar com o cônjuge, não quer usar esse tempo para falar de dinheiro. E isso é um erro, porque a falta de diálogo sobre as finanças do casal pode, sim, arruinar a relação".

Ainda de acordo com a profissional, apenas por meio do diálogo é possível chegar a uma decisão em consenso do que funciona melhor para cada casal.

Conta conjunta?
Cleide afirma que, quando um casal que não tem harmonia financeira possui uma conta conjunta, pode mesmo ser complicado. "Na conta conjunta cada gasto fica registrado. O marido sabe quanto a mulher gastou em sua última ida ao shopping e ela sabe quanto ele gastou no bar com os amigos. Se não houver maturidade, a conta pode ser um fator complicador".

No entanto, Cleide acredita que optar por contas separadas é opção de casais que não vivem uma relação sólida. "Casais que moram junto, mas não unem sua renda, mostram que também não são unidos na relação. Essa coisa de o que é meu é meu e o que é seu é seu revela que as pessoas não estão preparadas para dividir as coisas e não estão disponíveis para ajudar o outro. Já tive clientes que emprestavam dinheiro para suas mulheres e faziam elas assinarem um recibo com a promessa da devolução daquele valor".

A psicóloga alerta, ainda, para outro fator que pode danificar o casamento. "Algumas pessoas, sejam homens ou mulheres, utilizam o dinheiro como poder. Quando estão casadas, elas até possuem uma conta conjunta, mas fazem questão de lembrar que depositaram mais dinheiro na conta do que o outro. Isso não é saudável, porque cria situações de opressão dentro do relacionamento", explica.

"A qualidade da relação influencia muito a forma como o casal lida com o dinheiro. Casais que se dão bem se ajudam financeiramente, mas casais com muitas diferenças tentam se punir por meio do dinheiro. A solução é tentar manter a independência financeira, mas sempre incluir e solicitar ajuda do outro na hora de definir o destino que será dado ao dinheiro", garante.



 
Referência: -
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