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Carreira / Emprego - Primeiro emprego: como encontrar uma vaga sem ter experiência 

Data: 17/09/2007

 
 

Se você tem entre 15 e 18 anos e está confuso; e se seus pais pensam que você não sabe bem o que quer da vida, não se preocupe: você é normal. Nessa idade, todo jovem tem algumas certezas sobre a vida e muitas dúvidas sobre a carreira.

O estudante Alexandre Cruz, 17 anos, é um exemplo desse tipo de indecisão: está dividido entre quatro sonhos. "Jornalismo, Sociologia, Ciências Sociais e Música. Tenho que decidir entre um deles", diz.

No interior de São Paulo, o Salão das Decisões reúne mais de 200 cursos no cardápio de oferta das universidades. O salão é o maior evento voltado para o público estudantil do interior paulista. Ele procura levar até os estudantes as informações sobre os novos cursos, as novas universidades, novas tecnologias na área de ensino, diz o organizador do evento, Luiz Antônio Guimarães.


1ª dúvida: qual curso fazer?

"Minha mãe não quer que eu faça filosofia de jeito nenhum. Ela gostaria que eu fizesse algo que tem mais mercado", explica Alexandre. Vilma Bispo, mãe do estudante, confirma. "Eu tinha esperança que ele fizesse engenharia na verdade, né?", diz.

Segundo Max Gehringer, a pergunta que deve ser feita por Alexandre para resolver o problema é: dos quatro cursos que você tem na cabeça, qual realmente você gosta mais?

"Eu realmente gosto de jornalismo", diz Alexandre. "Gosto muito de expressar o que eu penso. Eu me vejo como um Arnaldo Jabor da vida, entrando no Jornal da Globo e falando sobre as notícias da semana".

Max Gehringer alerta: algumas profissões estão saturadas, como jornalismo e direito. Para quem não sabe o que fazer, administração de empresas é uma boa opção. "Por ser o curso mais genérico que existe, é o que oferece o maior leque de oportunidades na hora de procurar um emprego.


2ª dúvida: o nome da faculdade tem importância?

"O nome da faculdade é como uma grife. Portanto, e eu sinto dizer isso, os piores alunos das escolas famosas terão mais chances do que os melhores alunos das escolas pouco conhecidas, diz Gehringer.

Felipe Silva tem 20 anos, está à procura do primeiro emprego e já sabe no que quer se especializar. "Meu sonho é ser um chefe de cozinha. Fiz um curso profissionalizante de bolos e tortas. As pessoas começaram a gostar, aí eu comecei a fazer", diz.

Segundo a coordenadora do curso de tecnologia em gastronomia do Senac, a gastronomia é uma área que está sendo muito valorizada no mercado de trabalho. "O mercado está competitivo, está exigindo uma pessoa bem formada, que tenha um conhecimento cultural relativamente amplo", diz. Uma língua estrangeira também é importante.

Na hora de procurar uma vaga, jovens como Felipe esbarram na barreira falta de experiência. Para superar o obstáculo, Gehringer dá a dica: buscar oportunidades em hotéis pode ser uma boa opção. "Hotel é o tipo de lugar que tem muita coisa para fazer: você pode trabalhar na arrumação, recepção, qualquer coisa que o hotel ofereça. Porém, estando dentro do hotel, a tua chance de passar para a cozinha é muito maior do que se você estiver fora do hotel", explica.


3ª dúvida: vale a pena mudar de curso?

Até o segundo ano, ainda dá para mudar. A partir do terceiro é melhor se sacrificar e concluir o curso. Quando se está no começo da carreira, dois anos podem fazer muita diferença, garante Gehringer.


4ª dúvida: se eu não tenho experiência, qual o melhor caminho?

Aproveite o curso para conhecer muito bem os seus professores. "A maioria, ou praticamente em todas as vagas que se abrem para jornalistas desse país, a pessoa é contratada porque outro jornalista fez uma indicação", diz Gehringer.

"A chance de você conseguir um estágio já no segundo ou terceito ano vai ser muito dependente de um professor seu". Segundo Gehringer, muitos jovens que se formam demoram a conseguir um emprego porque não aproveitaram as chances de conhecer pessoas influentes.


5ª dúvida: e se eu fizer tudo isso e não conseguir um emprego?

Segundo o superintendente da ONG Via de Acesso, Ruy Leal, essa possibilidade existe. "50% desse contingente de 1,6 milhão de jovens que saem todo ano com título de formados não vão encontrar essa oportunidade de trabalho".

Para Gehringer, é importante considerar a hipótese de não ser um empregado. O estudante Felipe Silva sonha em montar a própria confeitaria. "É meu sonho, meu maior sonho", afirma.

No Brasil, desde o final do século XX, o número de boas vagas em empresas vem sendo menor do que o número anual de formandos. Pais que foram empregados a vida inteira sempre orientam os filhos a procurar emprego.

"Olhando para as estatísticas, seria mais viável que os pais orientassem os filhos a trabalhar por conta própria", diz Gehringer. Segundo ele, o jovem tem a seu favor a coisa mais valiosa do mundo, e a única que não dá para recuperar depois: o tempo.



 
Referência: G1
Autor: G1
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