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Ações / Bolsa de Valores - Volatilidade: devem os bancos centrais intervir nos mercados financeiros? 

Data: 03/07/2007

 
 

Se o banco central norte-americano tem expressiva influência sobre os mercados acionários ao redor do globo em momentos de calmaria, em períodos de tensão, cautela ou volatilidade elevada, qualquer pequeno sinal emitido pela autoridade monetária mais importante do mundo ganha proporções ainda maiores.

O atual momento de expressiva incerteza dos participantes do mercado acerca da condução futura da política monetária norte-americana, associado ao nível substancial de preços dos mercados acionários do globo, leva analistas a recomendarem, freqüentemente, cautela em relação à volatilidade inerente aos mercados acionários, sobretudo em vésperas de decisão sobre os juros nos EUA (como é o caso nesta quarta-feira).

Uma dúvida
Frente à importância e influência do Federal Reserve sobre os mercados de capitais globais, é razoável questionar-se se a instituição preocupa-se ou toma decisões motivadas pelo desempenho destes mercados.

Bem, o artigo intitulado "Devem os bancos centrais responder a movimentos nos preços dos ativos?" (Tradução livre para "Should Central Banks Respond to Movement in Asset Prices?") parece responder a esse tipo de pergunta. O artigo, porém, parece merecer alguma atenção, já que foi escrito pelo chairman do banco central mais importante do mundo.

A sugestão de Ben Bernanke
A julgar pelo artigo de Ben Bernanke, atual presidente do Federal Reserve, publicado em meados de 2001 quando ainda não ocupava seu atual cargo, a resposta à questão anterior é não. Em um contexto de metas de inflação, a autoridade monetária não deve responder à volatilidade nos preços dos ativos, seja esta causada por uma bolha, seja causada por choques tecnológicos. De acordo com o artigo, não existem benefícios adicionais significantes para tal comportamento.

A despeito dos Estados Unidos não adotarem um regime explícito de metas inflacionárias (em que a autoridade monetária determina previamente uma meta de inflação e trabalha no sentido de converter expectativas e inflação corrente na direção dessa meta, como é o caso do Brasil), a autoridade monetária norte-americana trabalha com uma região de inflação "confortável" para a economia e tem explicitado com freqüência sua preocupação sobre a evolução dos preços no país.

Com a psicologia dos mercados não se brinca
Neste contexto, segundo o artigo, "mudanças nos preços dos ativos devem afetar a política monetária apenas à medida que elas afetem as expectativas de inflação do banco central". Isto é, bancos centrais que trabalham com metas de inflação não devem responder à volatilidade nos mercados financeiros, exceto quando esta passa a afetar as expectativas de inflação.

Além das evidências de que políticas agressivas de metas inflacionárias estabilizam substancialmente a produção e a inflação em períodos de bolhas nos preços dos ativos ou de choques tecnológicos, Bernanke cita fatores não contemplados pelos modelos formais que configuram-se como bons motivos para se preocupar com a interferência da autoridade monetária sobre os preços dos ativos.

Dentre estes fatores, Bernanke afirma que "(...) (como a história tem mostrado) os efeitos desse tipo de experiência [intervenções sobre os preços dos ativos] na psicologia do mercado são perigosamente imprevisíveis", reforçando a percepção de que a autoridade monetária não deve tentar influenciar o desempenho dos mercados financeiros.

Ressalvas à parte...
É claro que o fato de Bernanke ter chegado a estas conclusões após a realização de diversos estudos não garante que, como atual presidente do Fed, ele tome suas decisões exatamente como acreditava que elas deveriam ser ao escrever este artigo. Ficou claro também que o artigo refere-se a economias cujo regime é explicitamente o de metas de inflação (não é o caso dos EUA).

Entretanto, estes fatos não tornam o artigo menos interessante, já que sugere que, se nada mudou na cabeça do atual chairman e se a inflação é definitivamente a preocupação central do Fed, uma bolha especulativa ou volatilidade causadas por choques tecnológicos dificilmente levariam a uma intervenção da autoridade monetária, a menos que as expectativas para a inflação estivessem sendo influenciadas.



 
Referência: -
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