Consumidor - Consumidor gasta mais em lojas com gôndola para alimentos especiais 

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Carlos Gouvêa, os consumidores costumam gastar 11% mais nos estabelecimentos que possuem gôndola para alimentos especiais, frente às que colocam os produtos misturados.

Diet e light
Conforme divulgou o Diário do Comércio, periódico da Associação Comercial de São Paulo, os produtos diet e light, que começaram a se popularizar a partir dos anos 90, são os mais consumidos entre os especiais.

Para se ter uma idéia, atualmente, cerca de 35% dos lares brasileiros consomem produtos que levam adoçante dietético habitualmente, sendo que os mais freqüentes são os adoçantes de mesa, refrigerantes e sucos.

E segundo Gouvêa, a indústria está aumentando as linhas de produtos diet e light como forma de agregar valor e se renovar porque o consumidor está mais exigente e preocupado em ter uma alimentação mais saudável.

Confusão ainda existe
Mesmo com o aumento nas vendas, o presidente da Abiad conta que ainda existe confusão por parte dos consumidores sobre o que é diet e o que é light. "No entanto, mesmo não havendo um conhecimento perfeito, há uma percepção positiva desses produtos", afirma.

Sobre os preços, Gouvêa diz que os lançamentos chegam a custar de 15% a 25% mais que os similares. Porém, o custo tende a cair com maiores escalas de produção. "O caso dos refrigerantes é um exemplo. Começou a ser vendido a um preço muito superior. Agora, custa o mesmo que a bebida convencional", argumenta.

Desrespeito ao CDC
De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), feita em 2006, os adoçantes e bebidas light ou diet desrespeitam o Código de Defesa do Consumidor, uma vez que não comunicam o limite de consumo diário dos adoçantes.

Para se ter uma idéia, o ciclamato sódico, proibido nos EUA, é suspeito de ser responsável por alterações genéticas e atrofia testicular. No Brasil, ele é encontrado em vários refrigerantes, sendo que, se uma criança de 30 quilos consumir apenas uma lata, vai exceder o limite diário do produto.