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Ações / Bolsa de Valores - Risco país: O que é, e qual a sua influência? 

Data: 30/05/2007

 
 

Nos últimos meses a imprensa vem registrando que os mercados financeiros e as aplicações refletem o aumento do risco país. Algumas vezes, por não saber como é calculado este risco e não entender qual o seu efeito prático as pessoas acabam tomando medidas no mínimo precipitadas. Com a sofisticação dos produtos de investimentos e a globalização dos mercados, algumas empresas se especializaram em “medir” a capacidade das empresas de honrarem os títulos emitidos, num linguajar mais comum: pagarem suas dívidas. Esta prática é muito salutar uma vez que antecipa problemas com a saúde financeira das empresas e cria uma régua comum para os investidores estabelecerem a taxa de financiamento das companhias. Ou seja, se uma empresa tem uma nota mais baixa que a outra, seus títulos devem oferecer uma remuneração maior para compensar os investidores de correrem maior risco.

É importante termos este conceito na cabeça para entender a diferença entre risco soberano e risco país. O risco soberano é a avaliação da capacidade do governo honrar suas dívidas. Rebaixar a classificação de risco não quer dizer que o governo de um país não vai pagar suas dívidas. O que estas agências de risco querem é indicar que tal governo tem uma menor margem de manobra e pode vir até um problema no fluxo do pagamento.

Erroneamente a imprensa vem tratando o risco país e o risco soberano da mesma forma. O risco país tem por objetivo medir a exposição à perda em operações de crédito internacional derivada de uma ação do governo, independente da vontade das partes envolvidas, no caso a empresa e o investidor. Na prática esta medida aponta a possibilidade de mudanças de regras e restrição no movimento dos capitais.

Com a globalização temos hoje brasileiros investindo na Rússia, japoneses com títulos turcos, americanos com aplicações na África e por aí vai. O princípio adotado por estes investidores é a livre circulação do capital, poder entrar e sair quando quiser. O risco país tentar alertar estes investidores sobre possíveis mudanças nas regras de saída. Como podemos observar uma medida totalmente desvinculada da capacidade das empresas de honrarem suas dívidas.

A nota de classificação de risco considera uma série de indicadores, econômicos e financeiros, um desses indicadores é a taxa de juros dos títulos do governo. Este indicador pode “sujar” a nota da agência. Por que? Principalmente porque os títulos da dívida de um governo têm seu preço formado considerando seu grau de liquidez, independente da sua remuneração ou risco. Vejamos o exemplo brasileiro. O C-Bond é um dos títulos mais líquidos dos países emergentes, quando o investidor que ajustar sua carteira, reduzindo sua exposição a risco, naturalmente altera sua posição nos títulos que consegue vender (e posteriormente repor) com mais facilidade. Com isto tem-se a impressão que outros países mais frágeis obtêm um preço melhor no mercado. O que não é verdade. Seus títulos não sofrem perdas porque não conseguem ser negociados.

O leitor pode estar pensando que isto não influencia em nada suas simples aplicações em poupança ou fundo de investimento. Ledo engano. A mudança de regras a que se refere o risco país, também pode ocorrer internamente no caso de uma renegociação da dívida pública e alongamento do prazo de pagamento.

Sendo assim todos os investidores, residentes ou não, devem ficar a atentos a estes sinais para otimizarem suas carteiras de investimentos.



 
Referência: -
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