Após definir o stop da operação, ou seja, qual ponto exercerá seu lucro e
limitará sua perda, o próximo passo do investidor é saber quanto do seu capital
será destinado no trade, seguindo a lógica de diversificação do portfólio, que
não se limita apenas aos investimentos de longo prazo.
Aquele que opera via análise técnica utiliza, basicamente, os “sinais” dados por
indicadores técnicos, suportes e resistências, padrões gráficos e candlesticks
para melhor exercer sua opção de compra e venda, além de mensurar o risco da
operação através das linhas de tendência.
Caso o trader entre uma operação contra a tendência, ou seja, exerça compra
frente uma tendência de baixa do ativo, o risco da operação é maior quando
comparado a um trade a favor da tendência, por exemplo. E este tipo de análise,
óbvia ao olhar, por vezes é negligenciada pelos investidores, que potencializam
a probabilidade de prejuízo com vistas à maior possibilidade de ser exercido o
stop loss.
A experiência no mercado mostra que é fundamental para o trader avaliar com
muito cuidado como e quanto investirá e o custo de oportunidade da operação.
Esta varredura antes de iniciar um trade é conhecida no mundo das finanças como
Money Management.
Money Management
Uma das principais críticas feitas à análise técnica reside sobre a utilização
dos preços históricos para “prever” o movimento do mercado. Mesmo sendo
infundada a afirmação, pois a análise técnica avalia probabilidades ao invés de
futuro, a declaração é válida para alertar ao investidor que não existe fórmula
mágica para antever o movimento dos preços.
Justamente por esta razão, fundos de investimento e investidores consagrados no
mercado utilizam o Money Management para minimizar o risco de exposição do
capital e almejar o máximo de lucro quando o trade está a favor de sua projeção.
No Brasil, o tema administração de portfólio para traders não é muito difundido
como nos Estados Unidos, onde existem diversos livros sobre o tema. Money
Management strategies for futures traders, elaborado pelo estrategista Nauzer
Balsara, é considerado um dos guias mais completos sobre o assunto, pois
sintetiza em 10 capítulos as principais recomendações para elevar a eficiência
da gestão da carteira.
Ferramentas de gestão
Em seu livro, precisamente no terceiro capítulo, Balsara descreve a
importância de mensurar a razão entre risco e retorno para quem utiliza a
análise técnica, dando ênfase a formações como Bandeira e Flâmula, Topo e Fundo
Duplo, O-C-O (Ombro-Cabeça-Ombro) e Triângulos para antecipar possíveis
reversões.
Um dos métodos de Money Management que o estrategista sugere utilizar é o
sistema de manejo de risco conhecido como Fixed Fraction Method, ou simplesmente
f%, a fim de identificar qual o melhor percentual do capital que deverá ser
alocado em cada operação.
Além deste método de gestão de capital, existe também os modelos consagrados
Martingale e Antimartingale, além da Fórmula de Kelly, que considera a
probabilidade de ganho do trade, e o famoso VAR (Value At Risk).
InfoMoney educacional
Depois desta breve introdução, ficou curioso em saber como proteger melhor
seu capital? A InfoMoney, por meio do projeto "Manejo de Risco", desenvolverá
matérias específicas sobre cada método de avaliação para que o investidor tenha
a oportunidade de elevar sua rentabilidade no mercado.
Pois como relatou Nauzer Balsara em seu clássico livro: “Trade é um jogo na qual
o ganhador é aquele que controla melhor suas perdas”, uma vez que “erros de
julgamento são inevitáveis quando operamos”.