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Você está em:   IGF Modelos de documentos Petição Tributário Impetração de mandado de segurança contra cobrança de taxa de lixo, a qual não encontra fulcro na legislação

Petição - Tributário - Impetração de mandado de segurança contra cobrança de taxa de lixo, a qual não encontra fulcro na legislação


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Impetração de mandado de segurança contra cobrança de taxa de lixo, a qual não encontra fulcro na legislação.

 

EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ..... - ESTADO DO ......

DISTRIBUIÇÃO DE URGÊNCIA

....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por intermédio de seu advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE PROVIMENTO DE MEDIDA LIMINAR

em face de

ato do Sr. Diretor do Departamento de Rendas Mobiliárias da Prefeitura de ...., ou quem suas vezes fizer, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

A Autoridade coatora vem exigindo valores estranhos juntamente com o talonário do IPTU sob a fundamentação de cobrança de Taxa de Lixo da Impetrante, porém sem qualquer fundamento jurídico para tanto.

A Requerente se viu lesionada com tal exigência, tendo o direito líquido e certo de não ser tributada, uma vez que, segundo a legislação em vigor, a taxa deve ser cobrada na proporção de uso do serviço. Não tendo como o município medir quanto cada contribuinte usa do serviço.

DO DIREITO

Taxas são os tributos destinados à remunerar serviços públicos específicos prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição, cobrados exclusivamente das pessoas que se utilizem ou beneficiem efetiva ou potencialmente, do serviço que constitua o fundamento da sua instituição.

Afirma Baleeiro, in Direito Tributário Brasileiro, que taxa é a contraprestação de serviço público, ou de benefício feito, posto à disposição ou custeado pelo Estado em favor de quem a paga, ou por este provocado.

Diz o artigo 77 do CTN:

"As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas."

Ainda o art. 79 do mesmo diploma legal diz:

"Art. 79. Os serviços a que se refere o art. 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruído a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
II - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários."

Em decisão do plenário, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a limpeza e conservação são serviços públicos inespecíficos:

"Não mensuráveis, indivisíveis e insuscetíveis de serem referidos a determinado contribuinte, não tendo de ser custeado senão por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais."

Outro ponto de fundamental relevo que demonstra o direito líquido e certo da impetrante em não se ver privada de seu patrimônio para pagamento de tributo ilegal e abusivo é que uma das características do tributo é estar o respectivo cálculo vinculado ao fato gerador ou ser neutro.

Tomar por base critério indiferente ao poder de polícia ou à prestação de serviços, desvirtua o tributo, transformando-o em imposto. A taxa está ligada ao custo da possível atividade administrativa a que corresponde.

A taxa é um tributo vinculado, cuja hipótese de incidência é uma atuação estatal direta e imediatamente referida ao obrigado, há de ter, como base imponível a distingui-la dos demais atributos, o valor do serviço estatal prestado, pois, se a tem tirada da grandeza própria da pessoa ou coisa tributada, deixará de ser taxa, passando a constituir imposto, indevida e legalmente. (TJ/MG - Ap. Cível n.º 86.779/2 - Comarca de Belo Horizonte - Ac. 2ª Câm. Cív. - unân. - Rel. Des. Sérgio Lellis Santiago - Fonte DJMG II, 16.10.92, pág. 1).

A base de cálculo é o custo global do serviço prestado ao usuário. Não é admissível uma base de cálculo além desse limite, pois, se isso ocorrer, estaria o Estado lucrando com a taxa, o que não é o objetivo estatal. A taxa deve visar apenas à remuneração do serviço cobrindo seu custo. Nada além disso.

Diz o art. 151, IV, do CTN:

"Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
(...)
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança."

"Dir-se-á que o deferimento de liminar pode resultar, em termos práticos, na concessão do 'writ'. Mas é possível afirmar-se, em contrapartida, que a não concessão da liminar resultará, em termos práticos, no indeferimento da ordem. Posta a questão nestes termos, impõe-se seja concedida a liminar, a uma porque preferível errar em favor da liberdade do que contra esta, como acentuava Frankfurter. A duas, porque tem em vista a eminência da garantia constitucional do mandado de segurança e o princípio da inafastabilidade qualquer lesão da apreciação do Poder Judiciário - Constituição, art. 5º, XXXV. Permitir o juiz o perecimento da garantia e do direito individual seria tratar mal a Constituição, certo que o juiz jamais poderá deslembrar-se que a característica maior do Judiciário é ser guardião da Constituição e dos direitos individuais." (Autos n.º 274-1 DF, in DJU de 28.09.89, p. 15.128. Ministro Carlos Velloso).

Impede, pois, que se conceda a liminar pleiteada initio litis e inaudita altera pars, para que seja resguardado desde logo o direito da impetrante, determinando-se que a Autoridade Coatora não exija a título de taxa de limpeza quaisquer valores abusivos e ilegais.

DOS PEDIDOS

Em face do exposto, revestindo-se de liquidez e certeza do direito que a Impetrante requer a Vossa Excelência.:

a) A concessão de Medida Liminar, porque presentes os pressupostos que a outorgam, vez que são relevantes os fundamentos jurídicos do pedido e, o seu acolhimento somente ao final, poderá resultar em ineficácia da segurança pleiteada, suspendendo-se, assim, a exigibilidade do crédito tributário na forma do art. 151, IV do CTN;
b) Seja oficiado o Sr. Diretor do Departamento de Rendas Mobiliárias da Prefeitura de .... (ou a Autoridade equivalente), cientificando-o da concessão da medida liminar, para fim de que a autoridade coatora se abstenha da cobrança da Taxa de Lixo exigida da Impetrante;
c) A intimação da Autoridade Coatora para prestar as informações que julgar necessárias, cientificando-a da concessão da medida liminar, a fim de que se abstenha de adotar quaisquer atos sabidamente ilegais que importem em prejuízos para a Impetrante;
d) Que, após seja intimado o Dr. Representante do Ministério Público para externar o seu parecer; e,
e) Por derradeiro, a Impetrante, requer a Vossa Excelência que ao final, ratifique, em sentença a liminar concedida, por ser medida de mais absoluta e cristalina Justiça.

Dá-se à causa o valor de R$ .....

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]


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