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Carreira / Emprego - Boas maneiras facilitam a comunicação 

Data: 15/12/2008

 
 

Durante muito tempo, predominou a idéia de que pessoas enérgicas tinham mais chances de atingir suas metas do que aquelas de fala mansa e maneiras suaves, em geral tidas como tímidas ou de pouca iniciativa. Agressividade passou a ser confundida com eficiência e os tipos "entrões" e falantes tornaram-se mais valorizados do que sujeitos naturalmente cordatos que atinham-se a desempenhar bem suas funções.

Hoje, no entanto, as táticas de terrorismo e a figura do chefe que inspira medo já não surtem mais tanto efeito. Num momento em que o mundo já procura retomar valores como a qualidade de vida e todos voltam-se para uma reflexão em busca de paz e harmonia interiores, é preciso reavaliar se as antigas técnicas de comunicação ainda funcionam como antes. É uma exigência do conjunto de boas maneiras que se espera hoje no ambiente de trabalho - e, também, um fator de eficiência profissional.

"Quem não se comunica se trumbica" - sábia frase do Velho Guerreiro. Mas a questão, hoje em dia, não é comunicar-se ou não (até porque, nesta era de telecomunicações e avanços tecnológicos, nunca foi tão fácil e rápido comunicar-se com qualquer parte ou pessoa do globo), mas sim a maneira como o fazemos. É perfeitamente possível impor respeito e galgar degraus na hierarquia de uma empresa comunicando-se de forma cortês, sem invadir espaços, sem levantar a voz ou fazer carranca de monstro. Aliás, é infinitamente mais agradável, além de muito mais eficiente.

Não se trata de ser ou dar impressão de ser) frouxo ou tímido, e sim de ter uma atitude positiva e democrática em vez de negativa e absolutista. Até mesmo para reclamar ou reivindicar, uma abordagem cuidadosa e mais simpática pode render muito mais frutos do que uma colocação dura (por mais verdadeira que seja) da situação.

Reclamar por reclamar não leva a nada. Quem age dessa forma acaba perdendo o respeito dos colegas, chefes e subordinados. O que fica é apenas a imagem da pessoa que jamais está satisfeita, e vê defeitos em tudo. Não se trata de calar sempre e deixar de colocar os seus pontos de vista. Mas, ao fazê-lo da maneira correta, as chances de alcançar sucesso, ou pelo menos simpatia, por qualquer que seja a causa, aumentam bastante.

Para começar, tente substituir determinadas expressões negativas, por outras mais amenas. Exemplo:

Em vez de "Detesto que...", porque não usar "Não seria melhor se nós..."?

Ou, então, "Porque será que nada está funcionando..." pode se tornar mais simpático com "E se nós tentássemos..."

"Isso é bobagem". Além de agressivo, não acrescenta nada ao problema. Já o "Temos uma alternativa, o que vocês acham de..." é mais diplomático, traz uma sugestão de solução ao que você considera uma bobagem.
Finalmente, o desanimador "Isto não vai dar certo" pode ceder espaço a um cauteloso "Estou lembrando que esta solução não funcionou na empresa x ou y, devemos pensar melhor antes de implantar esta idéia..." Uma postura mais democrática também dá mais espaço para que pequenos ajustes sejam feitos ou corrigidos. E não fará de você um ogro ditatorial.

"Eu ouvi dizer que..." é muito mais suave do que "Ele sempre diz...". "É incrível como nunca se consegue..." soa quase como ofensa pessoal. Já um "Nós realmente temos tido problemas com..." chama a responsabilidade para quem está falando além de envolver os interlocutores diretamente no assunto.

"Todo mundo acha" não dá a menor brecha para um diálogo ou discussão. Por sua vez "Muita gente parece achar que..." dá a entender que outras opiniões são igualmente bem-vindas. É uma questão de palavras e entonação. Mas que podem fazer toda a diferença e até mudar a atitude de seus interlocutores com relação ao que esta sendo discutido. Ao se comunicar de forma mais gentil e democrática, a resposta flui melhor, mais diretamente. As pessoas perdem o medo de emitir opinião e se colocarem. E fica muito mais fácil saber em que terreno está pisando.

Adote uma atitude positiva: pode valer pena. Ao fazê-lo, você estará automaticamente sendo mais receptivo. O que é ótimo, uma vez que alguém com a capacidade de enxergar vários aspectos, leva vantagem sobre quem insiste em martelar sempre o mesmo ponto de vista.

Isso vale também para as situações em que se recebem reclamações: é preciso educar-se para ouvir e compreender o que a outra pessoa está querendo dizer e, mesmo que isso não seja fácil, formular perguntas até estabelecer um diálogo. Isso elimina a possibilidade de a conversa virar uma discussão. Uma vez registrada a queixa, pedir ao interlocutor que ofereça ele próprio uma solução é uma maneira educada de fazê-lo perceber que você está aberto, sim, a sugestões e até se propõe a ouvir mais a respeito do assunto. Cria, no mínimo, um clima de companheirismo em um momento frequentemente delicado.

Finalmente evite comparações de qualquer espécie. Nada pode ser mais indelicado e contraproducente. Ao dizer: "Por que é que o departamento tal tem 30 computadores e o nosso apenas 5 ?, você corre o risco de parecer uma criança emburrada. Já o argumento preparado pode surtir muito mais efeito e economizar tempo na negociação: "Fizemos um estudo e percebemos que com apenas cinco computadores estamos perdendo x horas por semana, além de y pessoas ficarem ociosas durante muito tempo enquanto esperam para utilizar as máquinas. Com isso, estamos deixando de ganhar z por mês. Talvez seja o caso de pensar em adquirir mais computadores, até porque, em pouco tempo, eles estariam se pagando..." Melhor, não ?

Na verdade, em nosso dia-a-dia, já há pressão suficiente e ninguém tem mais paciência com posturas radicais, muito menos tom de voz prepotente. Quem realmente tem poder, dificilmente eleva a voz. E não eleva porque entende por que isso não tem cabimento. Falar alto, ser agressivo é coisa de gente insegura. Os verdadeiros poderosos já passaram da fase dos escândalos e das demonstrações patéticas de autoridade. Basta lembrar personagens antológicos como Don Corleone de Marlon Brando em O Poderoso Chefão. Quando muito, ele se limitava a acenar para que o interlocutor chegasse mais perto e pudesse ouvir claramente seus recados meramente sussurrados. Porém, cumpridos escrupulosamente à risca.



 
Referência: curriculum.com.br
Autor: Cláudia Matarazzo - Revista Você S.A
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