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Negócios / Empreendedorismo - Mudança climática: estudo da KPMG identifica quatro riscos às empresas 

Data: 09/09/2008

 
 
Estudo da KPMG International, intitulado Climate Changes Your Business, identificou quatro riscos às empresas relacionados à mudança climática: normativo, reputacional, físico e de litígios. Concluiu-se também que tais riscos devem pesar cada vez mais no futuro. Eles se materializam, independentemente dos índices atuais de alterações no clima.

A pesquisa é baseada em análise autorizada de 50 estudos publicados que abordam os riscos comerciais e os impactos econômicos no geral da mudança climática em âmbito setorial. Dos quatro riscos apurados, o mais citado (presente em 72% dos relatórios) foi o relacionado à legislação.

Empresas e setores que falham em se adequar a um ambiente empresarial mutante criado por novas leis e normas enfrentam desvantagens competitivas, ao mesmo tempo em que incertezas regulatórias dificultam o planejamento das empresas. Já o risco físico foi abordado por metade dos estudos analisados. Entretanto, a maioria deles se refere exclusivamente a impactos diretos em eventos relacionados ao clima. O potencial indireto e os riscos de longo prazo são menos discutidos.

Os estudos analisados provêm de uma variedade de fontes com reputação, a maioria do setor financeiro. Ficou claro que os riscos à imagem e à reputação das empresas e de litígios são minimizados. Eles aparecem em 28% e 14% dos relatórios, respectivamente.

Risco normativo
Conforme publicado no estudo, a mudança climática é cada vez mais vista como uma grave falha de mercado, que deve ser corrigida por meio de intervenção do Estado. Como resultado, legisladores de todo o mundo estão criando normas. Em princípio, essa intervenção pode ser classificada em:
  • Legislação tradicional, como autorização e requerimento de eficiência energética para produtos e processos;
     
  • Regulação de mercado, como os créditos de carbono e tarifas de combustíveis;
No nível internacional, o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, é o principal regulamento. Na conferência de 2007, realizada em Bali, na Indonésia, a comunidade internacional começou a trabalhar em um sucessor para o protocolo, o que deve ser definido no próximo ano.

"O problema do aquecimento global está longe de ser ignorado. Milhares de normas que objetivam aliviar o desafio dual referente à segurança energética e à mudança climática estão sendo analisadas por responsáveis pela criação de leis no mundo todo. As políticas têm como meta assegurar, entre outros objetivos, um combustível mais eficiente para os veículos, melhorias no uso energético tanto em residências quanto em empresas, uso crescente de energia renovável e mais confiança na energia nuclear", revela o economista chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol.

Seis setores em risco
A pesquisa da KPMG deu uma pontuação de risco a cada setor, levando em conta também o grau de preparação para assumir os impactos do aquecimento global. A agilidade de resposta foi medida usando-se dados compilados na mais recente rodada concluída do Projeto independente de Divulgação de Carbono, em 2007.

Concluiu-se que seis grandes setores industriais encontram-se em "zona de perigo", devido aos riscos de mudanças climáticas, ou seja, receberam pontuação elevada no tocante aos riscos que enfrentam, mas uma pontuação reduzida em termos de sua prontidão para enfrentá-los. São eles: aviação, saúde, turismo, transporte, petróleo e gás e serviços financeiros.

Isso sem falar que, de acordo com o estudo, todos os 18 setores incluídos no relatório (até mesmo os três considerados como situados na "zona de segurança") não estão suficientemente preparados para lidar com as recentes dificuldades associadas ao aquecimento global.

Riscos subestimados
"Observamos setores de negócios ligados à economia global e constatamos que há enormes diferenças entre eles, em termos da relação entre riscos de mudanças climáticas e a prontidão para atendê-los. As indústrias podem se encontrar relativamente seguras, na zona de perigo, ou situar-se na faixa intermediária; mas não importa onde estejam, os riscos tendem a ser subestimados em todos os casos", afirma o sócio da KPMG e líder da área de Sustentabilidade no Brasil, Alexandre Heinermann.

A recomendação é para que as empresas fiquem mais atentas aos riscos físicos, normativos e reputacionais, bem como ao risco emergente de litígios. Entretanto, o escopo e impacto potencial desses riscos parecem estar subestimados em todos os setores.

Setor em perigo tenta se preparar
O relatório agrupou os setores em três áreas, em função dos riscos que enfrentam e de sua agilidade. As classificações representam efetivamente o que as próprias instituições financeiras e os setores de negócios pensam sobre os riscos de mudanças climáticas.

Enquanto o setor de petróleo e gás está bem mais preparado do que qualquer outro setor na 'zona de perigo', os problemas relacionados às mudanças climáticas que este setor enfrenta o tornam o mais arriscado de todos os 18 analisados. Já transporte é um setor com menos riscos, mas seu nível de prontidão é o pior de todos.

Aqueles que estão na zona de segurança (setor químico, de alimentos e bebidas e telecomunicações), por sua vez, podem vivenciar uma segurança aparente. "Considere, por exemplo, um setor como alimentos e bebidas, que, supostamente, apresenta baixo risco. Acontecimentos recentes mostraram que esta indústria está altamente vulnerável a riscos climáticos, como aumentos nos custos de insumos agrícolas. Portanto, a idéia de que este setor está relativamente protegido dos efeitos de mudanças climáticas provavelmente reflete que os riscos foram subestimados", acrescenta Heinermann.


 
Referência: Administradores.com.br
Autor: Karin Sato - InfoMoney
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