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Carro / Veículo - Como funciona o financiamento de um carro 

Data: 07/11/2007

 
 

Introdução

Convenhamos, comprar um carro não é como comprar uma roupa. Se, por impulso, compramos algumas peças de vestuário a mais e quando chegamos em casa elas perdem aquela beleza indescritível que tinham na vitrine, simplesmente as colocamos no fundo da gaveta do armário e caso encerrado. Quando muito, voltamos a loja para trocar.

Pois é, você conhece alguém que comprou um carro e, ao final do primeiro dia de uso, chegou a conclusão que aquele não era o veículo ideal e voltou à concessionária para trocá-lo? Aposto que não.

Quando estamos falando da compra de um carro, estamos falando em milhares de reais que irão sair da sua conta. Na certa, você quer tomar a melhor decisão de compra.

Imagine esta cena: você acaba de escolher o carro desejado na concessionária e o vendedor o(a) convida para simular um financiamento. Número de parcelas a pagar, desvalorização do carro por determinado tempo, CDC ou leasing..... Você terá de analisar todas as variáveis e decidir pela melhor opção para você e para o seu bolso.

Neste artigo, saiba tudo sobre financiamentos de automóveis no Brasil.

Montadoras e marcas no Brasil

O mercado brasileiro de automóveis pode ser dividido em duas fases distintas. A primeira, com início na década de 1950, é caracterizada pelo incentivo a entrada de montadoras de automóveis no País, através de medidas econômicas e de infra-estrutura promovidas pelo governo. A segunda fase se deu em meados da década de 90 e foi marcada por um boom no setor, ocasionado sobretudo pela abertura do mercado nacional para empresas estrangeiras. E foi justamente nesta fase que novas montadoras aportaram por aqui, ampliando substancialmente a oferta e a variedade de carros disponíveis para compra.

Atualmente, o setor é composto por nove delas, todas subsidiárias de multinacionais. Deste total, quatro estão instaladas em território nacional há várias décadas: Ford, Fiat, Volkswagen e General Motors (GM). São as chamadas montadoras veteranas. Após a abertura de mercado da década de 90, mais cinco montadoras iniciaram operações em território brasileiro. São elas Renault, PSA Peugeot Citröen, Toyota, Honda e Daimler Chrysler. Os componentes deste grupo são chamados de “montadoras entrantes”.

Mas não confunda: marca e montadora são coisas absolutamente diferentes. Marca é o produto e montadora é o nome da empresa que produz tal produto. Por exemplo, os carros da marca Chevrolet são produzidos pela montadora General Motors.

Em alguns casos, a montadora tem o mesmo nome que sua a marca de veículos, como a montadora Volkswagen, cuja marca dos veículos também chama-se Volkswagen.

E mais, uma montadora pode ser dona de mais de uma marca de veículos. Podemos citar a montadora Fiat, que é proprietária das marcas Fiat, Alfa Romeo e Ferrari. Portanto, o número de marcas de veículos é sempre maior do que o número de montadoras.

 

Montadoras e marcas no Brasil

 
Montadoras em atividade no Brasil - Ford, Fiat, Volkswagen, General Motors, Renault, PSA Peugeot Citröen, Toyota, Honda e Daimler Chrysler.

Principais marcas no Brasil - Chevrolet, Citröen, Fiat, Ford, Honda, Mitsubishi, Peugeot, Renault, Toyota, Volkswagen, Alfa Romeo, Audi, BMW, Chrysler, Ferrari, Hundai, Jeep, Kia, Land Rover, Lexus, Mercedes-Benz e Nissan.

Novo ou usado

Convenhamos, em termos de investimento comprar um carro não é o melhor negócio do mundo. Afinal de contas, o rendimento sobre o dinheiro aplicado é negativo, ou seja, a grana que você investiu diminui com o tempo. Exatamente o contrário do que outras aplicações (como por exemplo a poupança ou a previdência privada, que rendem durante um determinado tempo).

Se pensarmos na aquisição de um carro única e exclusivamente nestes termos, nunca tomaríamos a decisão de compra. Por isso, temos que levar em consideração também o uso que iremos fazer deste bem.

Uma das grandes polêmicas acerca da escolha do carro novo ou usado é a questão da desvalorização. Isto porque no primeiro ano de uso, o percentual de desvalorização do carro novo é de cerca de 20%, enquanto nos anos subseqüentes a média de desvalorização é de 5%, de acordo com especialistas do mercado brasileiros ouvidos pelo HowStuffWorks Brasil.

Por exemplo, se você comprou um carro novo pelo valor de R$ 30 mil, no ano seguinte você obterá cerca de R$ 24 mil na venda. Entretanto, se este carro fosse usado ou semi-novo, você teria conseguido um preço de venda na faixa dos R$ 28 mil. Uma bela diferença, não?

Por outro lado, gastos com manutenção em carros novos tendem a ser bastante inferiores do que em carros usados. Isto porque toda sua mecânica e eletrônica está nova, já que ele nunca foi usado.

Os carros novos têm também a vantagem de serem tecnologicamente mais avançados, trazendo benefícios aos usuários. Por exemplo, os carros de hoje em dia são muito mais econômicos e menos poluentes do que os de antigamente.

Sem contar a sensação deliciosa de ser o primeiro dono do carro, de tirar o plástico dos bancos, de ser o primeiro a dirigi-lo, aquele cheirinho de novo..... isto o carro usado nunca poderá oferecer.

Mas para comprar seu carro, você deve analisar qual a melhor maneira de financiá-lo.

CDC ou leasing

Hoje em dia no Brasil, está muito fácil comprar um automóvel, as taxas de juros são menores que as praticadas num passado recente e a maioria dos bancos oferece condições de parcelamento bastante atraentes. Alguns deles chegam a oferecer parcelamentos em até 84 vezes (inacreditáveis 7 anos!), sem exigir qualquer tipo de entrada. Essa aparente vantagem embute, no entanto, um gasto muito maior do que o valor real do carro, decorrente da cobrança de juros. Mas lembre-se: não deixe esta conta comprometer todo seu orçamento doméstico.

Públicos específicos

A grande maioria das montadoras e concessionárias em operação no Brasil têm políticas de venda específicas para frotistas, taxistas, setor público e portadores de necessidades especiais. Estas políticas vão desde descontos e benefícios fiscais à facilidade de pagamento. Se é o seu caso, informe-se diretamente nas concessionárias.
Para contrair um financiamento, você tem basicamente duas opções: adquiri-lo no banco aonde você é correntista ou diretamente na concessionária. A vantagem das concessionárias é que, na maioria dos casos, elas trabalham com diversos bancos e possuem uma ampla gama de possibilidades de financiamento.

São duas as principais categorias de financiamento para compra de um carro: o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e o Leasing (arrendamento mercantil).

O leasing é o mais utilizado por empresas que optam pela apuração de lucro real e não presumido. Isto porque o leasing de um veículo é incluído no balanço contábil como despesa, e não como ativo imobilizado. No caso das micro e pequenas empresas, principalmente as que optam pelo Super Simples, não está previsto este tipo de vantagem.

Além disso, a taxa de juros no Leasing será sempre menor do que a do CDC. Por exemplo: em um financiamento de R$ 28.000,00 em 60 vezes. Pelo leasing, as parcelas sairão por R$ 717,60, enquanto pelo CDC, o valor das mesmas sobe para R$ 745,34.

Entretanto, a desvantagem deste plano de financiamento é que o CRV (Recibo de Compra e Venda do Veículo), que é o documento que comprova quem é o proprietário do carro e que permite sua venda ou transferência, sai com o nome do banco financiador e não o seu. Em muitos casos, você sequer receberá este documento antes que o veículo seja totalmente quitado, receberá apenas o DUT (Documento Único de Transferência) em nome do banco financiador para poder circular.

O leasing ainda apresenta outra desvantagem: se você decidir por antecipar algumas parcelas do financiamento, os juros não recorrentes ao período antecipado não são eliminados. Já no CDC, os juros são excluídos das parcelas antecipadas, reduzindo seu valor.

Portanto, se você está pensando em parcelar a compra do seu carro, seja ele usado ou novo, a modalidade de financiamento mais indicada é o CDC. Fique atento a este detalhe.

Compra do carro: à vista ou parcelado

Em termos de investimento, é sempre melhor comprar qualquer produto à vista, assim você evita de pagar a mais por juros.

Mas muitas vezes não dispomos do dinheiro necessário e somos obrigados a parcelar a compra. Neste caso, você tem duas opções: dar uma entrada e parcelar o restante da dívida ou parcelar a dívida inteira (sem entrada).

A mesma lógica de investimento acima descrita vale para esta situação: quanto menor for a quantia a parcelar, melhor será para o seu bolso.

Vejamos no exemplo abaixo:

* Valor do carro à vista: R$ 40.000,00

* Plano de parcelamento
- Entrada: R$ 20.000,00
- Dívida remanescente: R$ 20.000,00
- Nº de parcelas: 60
- Taxa de juros: 1,39 ao mês
- Valor das parcelas: R$ 521,13

* Valor total do carro parcelado: R$ 51.267,80
* Aumento do valor da dívida decorrente do parcelamento: R$ 11.267,80 (28%)

Consórcio

Você pode também optar por investir em um consórcio. Trata-se de um grupo de pessoas que se comprometem a pagar uma prestação mensal destinada à compra futura de um bem (no caso, um automóvel), com possibilidade de antecipar sua obtenção, através sorteios e/ou lances. Em outras palavras, o consórcio é uma alternativa de compra parcelada sem ocorrência de juros, mas que tem o risco de você não conseguir o seu veículo rapidamente.

Cada consórcio tem regras específicas. Alguns não vinculam o valor total do empréstimo a um marca específica de carro, liberando para o sorteado uma carta de crédito. Outros recebem o veículo.

Em geral, os grupos de consorciados variam de 100 a 500 participantes, e de 20 a 100 parcelas. Se você não gosta de pagar juros e não precisa do carro com urgência, esta é a melhor opção. Compare.

Comparação

Valor à vista do carro: R$ 20.000,00

Pelo consórcio

Taxa de Administração: R$ 5.000,00
Quantidade de parcelas: 60
Valor das parcelas: R$ 416,65
Valor pago: R$ 25.000,00
Aumento da dívida: R$ 5.000,00 (25%)

Pelo financiamento tradicional (CDC)

Taxa de juros: 1,39% ao mês
Quantidade de parcelas: 60
Valor das parcelas: R$ 521,13
Valor pago: R$ 31.267,80
Aumento da dívida: R$ 11.267,80 (56%)


Veja abaixo principais características do consórcio

  • Taxa de administração - no consórcio você paga apenas uma taxa de administração e não juros (como no leasing e no CDC);
  • Compra futura - ao se consorciar, a obtenção do bem se dá após o pagamento de todas as parcelas mensais, momento em que as mesmas somam o valor do bem desejado;
  • Sorteios - são realizados sorteios mensais para antecipação do crédito para a compra do carro;
  • Lances - são realizados leilões mensais para antecipação do crédito para a compra do carro. O leilão poderá ser fixo (é estipulado um valor fixo para o lance) ou livre (vencerá o detentor do maior lance).

Cuidados com a documentação, impostos e seguros

Ao comprar um carro, você receberá os seguintes documentos: CRV e DUT. O CRV é o chamado Recibo de Compra e Venda do Veículo, documento que atesta que você é o proprietário do carro, e é imprescindível para a venda ou transferência do veículo no futuro. Não é necessário portar o CRV para poder circular pelo trânsito, pelo contrário, você deve guarda-lo em algum lugar seguro.

Já o DUT (Documento Único de Transferência) é de porte obrigatório, você só pode sair de carro levando-o consigo. O DUT é aquele documento que tem de ser apresentado à polícia em uma blitz. Através deste documento, as autoridades podem verificar se o licenciamento do veículo foi realizado, usando o código Renavam, que está impresso no documento.

O licenciamento de automóveis é um tributo, pago anualmente, que permite que seu carro possa circular. Os valores e datas de vencimento variam de acordo com o Estado em que o veículo está registrado. Ou seja, caso você seja parado numa blitz e não tenha licenciado seu carro, ele poderá ser apreendido e você receberá multa e perderá pontos na carteira de habilitação (infração gravíssima).

E para licenciar o veículo, é necessário que você esteja em dia com o IPVA (imposto sobre propriedade de veículos automotores) e com o seguro-obrigatório (DPVAT), administrado pelos departamentos de trânsito de cada estado. Os valores do IPVA também podem variar de acordo com o carro. Um carro mais caro tem um IPVA maior.

Outro item que você deve ficar atento quando compra um carro é a questão do seguro. Mesmo com preços semelhantes, modelos e marcas diferentes de carro têm preços diferentes de seguro. Alguns, por exemplo, são mais visados pelos assaltantes que outros. Cheque qual seria o valor do seu seguro, antes de fechar o negócio.



 
Referência: hsw.uol.com.br
Autor: Celso Monteiro
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