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Saúde - Afaste a tendinite para longe do seu trabalho 

Data: 06/08/2007

 
 

Por acaso você anda tendo dores horríveis ao chegar em casa após um dia inteirinho de puro trabalho sedentário? Dor no punho, nas costas, no começo da perna...enfim, se a gente começar a enumerar aqui, vai ser fogo agüentar tanta reclamação! 

Só para você ter uma idéia, essas dores – normalmente causadas pelas inflamações dos tendões – têm até nome: são as DORTs (Distúrbio Ósteo-muscular Relacionado ao Trabalho). Distúrbio porque pode não ser uma doença específica e sim um sinal; ósteo-muscular, pois é relativo a moléstias desse sistema; e relacionado ao trabalho por convenção, ou seja, quando se usa o termo DORT, já está sendo afirmado que é de causa relacionada ao trabalho. Se o problema for uma tendinite causada fora do trabalho, esse problema não é classificado como DORT.  

Em normas legais e entre os técnicos o nome que esse distúrbio recebe é “LER/DORT”, pois mantém o termo Lesão por Esforços Repetitivos, consagrado até há alguns anos e, mantido junto com DORT, completa a compreensão. “Essas doenças são quadros clínicos que comprometem o sistema músculo-esquelético, como ossos, articulações, tendão e músculos, e se manifestam com dor, inflamação e até mesmo limitação das atividades do dia-a-dia”, explica a fisioterapeuta Roberta Fontana. 

É normal a gente forçar alguma parte do corpo durante o expediente e, com isso, cultivar problemas. A causa predominante das LER/DORT são ritmos, movimentos, posturas e esforços impostos pela organização do trabalho, com má ergonomia. “Isso acontece porque, normalmente, ficamos tão concentrados, que nem nos damos conta que estamos exercendo uma força especial em uma parte do corpo e, apenas quando chegamos em casa, que nos damos conta que está tudo dolorido. Essas dores normalmente são uma das conseqüências das inflamações dos tendões, a famosa (e chatíssima!) tendinite. 

As dores, em fases iniciais das LER/DORT, são geralmente tipo “surdas”, tipo cansaço, aquele incômodo e já nesse momento é importante intervir, pois, quando se tornam “horríveis”, é porque já crônicas, mais graves.

A tendinite é responsável por mais da metade dos problemas que afetam quem tem uma atividade física, mesmo assim, não é de fácil identificação. Segundo o especialista Marcelo Acherboim, a tendinite pode ser confundida com artrite reumatóide, que também tem como principal característica a inflamação articular. “Por isso, é importante a procura de um especialista para o diagnóstico correto. Exames clínicos e entrevistas são os primeiros passos para a detecção da tendinite”, alerta Marcelo.  

Ainda de acordo com o especialista, são duas as causas das tendinites: a mecânicas e a químicas. “A mecânica ocorre pelo esforço repetitivo, já a química pela desidratação, quando os músculos não estão suficientemente drenados”, diz o especialista, que completa: “Além disso, é importante alertar que os principais fatores da desidratação dos músculos são alimentação incorreta e toxinas no organismo”. 

A fisioterapeuta Roberta Fontana completa: “Na realidade, as causas da tendinite são multifatoriais tais como: postura de trabalho, mobiliário (características próprias da mesa, da cadeira, do monitor, do teclado e do mouse), tensão emocional, rotina estressante e iluminação e acústica do ambiente de trabalho”. 

As primeiras dores são, geralmente, musculares – antes de começar a doer o tendão (pontas de músculos que transmitem a força da contração muscular); após, geralmente, doem os tendões, cápsulas sinoviais e, enfim, os ramos nervosos, comprimidos pela inflamação. Mais adiante a dor crônica se mantém (ou agrava) por mecanismos próprios do sistema neurológico de transmissão e sensação da dor.               

Dicas de prevenção

Em muitos casos a tendinite pode ser evitada se tomados alguns cuidados e incorporado alguns hábitos no dia-a-dia. 

“Assim que a pessoa identificar que apresenta sintomas típicos de tendinite, ela deve procurar um profissional especializado o quanto antes. Além disso, a pessoa deve fazer adaptações ergonômicas (que visem alterar o tamanho e a estrutura do mobiliário, como mesas e cadeiras) e, sem dúvida, providenciar algumas mudanças na rotina do trabalho”, alerta a fisioterapeuta Roberta. 

De acordo com Roberta, há algumas orientações gerais que visam minimizar o aparecimento e a intensidade dos sintomas, tais como:

- Procurar sentar com as costas apoiadas no encosto (da cadeira ou do sofá) e os pés no chão;
- Manter os joelhos e a panturrilha com o ângulo de 90 graus um com o outro;
- Sempre que possível, deixar os cotovelos apoiados na mesa que, de preferência, deve ter  a borda e os cantos arredondados;
- Se a pessoa freqüentemente sentir dores no punho e ainda não apresentar quadros de tendinite, ela deve combinar três atitudes: alongamentos, adaptações ergonômicas e tempo de pausa no trabalho. Caso não dê certo, procurar um médico é essencial;
- Alternar 50 minutos de trabalho com 10 minutos para uma pausa, uma levantada e uma caminhada, que pode ser realizada no próprio escritório mesmo;
- Realizar exercícios de alongamento e relaxamento durante o trabalho;
- Praticar atividade física no mínimo três vezes por semana ou meia hora todo o dia. 

“Alongamentos antes de realizar atividades físicas e antes de começar o trabalho, evitar atividades com períodos prolongados das mãos acima da cabeça e o uso de sapatos adequados são outras atitudes que podem ser tomadas para evitar a tendinite”, ensina Marcelo Acherboim. 

Segundo Roberta, os alongamentos devem ser feitos com uma freqüência que pode variar de acordo com o volume de trabalho da pessoa. “Porém, quem trabalha o dia todo sentado na frente do computador deve fazer esses exercícios no mínimo duas vezes ao dia (pela manhã e à tarde)”, aconselha a fisioterapeuta. 

Adapte a cadeira e a mesa do seu trabalho

Não existe um modelo mágico de mesa e cadeira que evite as dores. “O mobiliário ideal é aquele que é exclusivamente adaptado para o tipo físico da pessoa e que seja confortável”, explica Roberta Fontana. Procure um marceneiro que possa fazer esse trabalho. 

A cadeira deve ser giratória e ter assento e encosto de espuma. “Além disso, o assento não pode comprimir a região posterior dos joelhos e ter uma altura adequada para que os pés fiquem apoiados no chão e a bacia encaixada no vão do assento e do encosto”, adverte a fisioterapeuta, que completa: “A pessoa deve utilizar o encosto da cadeira para apoiar as costas e procurar apoiar cotovelos no braço da cadeira (que deve ser adaptado para o tamanho da pessoa) ou na mesa (que deve ter encaixe para as pernas poderem articular sem dificuldades e cantos arredondados). Isso sem falar no monitor, que deve ficar na frente da pessoa e não em diagonal”. 

Tratamento

De acordo com o ortopedista Marcelo Acherboim, depois de detectada a tendinite é realizado o tratamento, de acordo com cada caso. “Pode ser tratada com antiinflamatórios ou imobilização do membro afetado. Só em casos extremos, quando o tratamento não resolve, é realizada a cirurgia”, completa. Para isso, tambem vai uma dica: experimente os benefícios da acupuntura! 

Apesar de, aparentemente simples, o tratamento para a tendinite é muito importante e imprescindível. Se o tratamento não for feito de maneira correta, tanto com medicamentos como na fisioterapia, pode haver seqüelas bastante graves, causando até mesmo a incapacidade de realização de atividades com o membro afetado durante muito tempo ou a vida toda. 

Se tratada corretamente, a tendinite é curada e a pessoa volta para suas atividades, mas para isso é importante não desprezar seus sintomas. “Dormência, mãos frias e dificuldade para realizar atividades simples e, principalmente, dores em geral devem ser investigadas. Quanto antes identificada a tendinite, melhores serão os resultados e a recuperação”, ressalta o ortopedista. 

O tratamento correto deve, obrigatoriamente, aliar diagnóstico precoce à correção de fatores de risco ergonômico. Se essas pequenas medidas não forem tomadas, a terapia (mesmo bem aplicada), pode ser pouco efetiva para solucionar os problemas da tendinite. Pode-se dizer que em casos crônicos e em fases mais avançadas, muito dificilmente a terapia terá resultado de recuperação, sendo comum permanecer algum dano, limitação e/ou incapacidade.



 
Referência: http://cristianaarcangeli.uol.com.br
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